Porque razão os revendedores devem procurar beneficiar da IoT em 2017?

A transformação induzida pelas tecnologias deverá impulsionar a actividade das empresas em todas as áreas, mas as complexidades decorrentes da mudança exigem, assinala João Dessa, gestor de vendas B2B, da Toshiba Portugal.

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João Dessa, gestor de negócio B2B da Toshiba Portugal

A Internet das Coisas (IoT) tem desde há muito um elevado potencial para mudar a forma como se trabalha em diferentes sectores, e, depois de um período em que isso era claramente visível mas raramente sentido, 2017 surge como decisivo para que a IoT se torne cada vez mais relevante no mundo dos negócios.

Para o canal, adaptar-se à IoT é um desafio que, de muitas maneiras, difere de qualquer outro que tenha enfrentado até ao momento. Nenhuma alteração tecnológica a que assistimos trará tanta rutura como a IoT, com a convergência dos mundos físico e digital a criar uma grande quantidade de oportunidades e possibilidades. Já não se trata de evoluir para uma ou duas novas tecnologias, mas sim de ter a flexibilidade de acolher uma série de novas soluções e serviços e manter a sua evolução ao ritmo da inovação – a IoT não tem um limite para evoluir e continuará a fazê-lo indefinidamente.

A significativa oportunidade de negócio que a IoT está a gerar é clara. Com o valor do mercado estimado em três triliões de dólares em 2025 pela Machina Research, os revendedores não se podem dar ao luxo de não melhorar a sua oferta durante 2017, se quiserem tirar proveito de tal crescimento. A chave para tal é entender os vetores de evolução subjacentes à adoção da IoT.

Quer se trate de melhorar a eficiência e convergência, melhorar a segurança ou entender melhor os clientes, as possibilidades de utilização da IoT são vastas e tendem a aumentar ainda mais. Por exemplo, assistimos no setor dos seguros a uma tendência para ofertas de produtos e serviços baseadas na telemática, adaptadas aos clientes, com base na forma como conduzem.

Para o fazer, as seguradoras precisam de ser capazes de recolher dados, para que soluções como o recém-desenvolvido gravador de condução da Toshiba possa ser utilizado para monitorizar o comportamento durante a condução, enviando a informação recolhida para a seguradora analisar. De um extremo ao outro, o Serviço Nacional de Saúde (NHS) britânico também está na vanguarda dos serviços de IoT, com o objetivo de criar acima de tudo bem-estar, em vez de apenas tratar de uma doença onde ela ocorra.

Neste caso, a IoT é um facilitador de uma maior informação que é entregue e obtida a partir do cidadão – aumentando a capacidade de monitorização e recolha de informações de saúde específicas e adaptadas ao cidadão para ajudar a melhorar o seu bem-estar. Estes exemplos mostram como a IoT está a causar um grande impacto em diferentes setores, enfatizando porque é que o canal lhe deve dedicar atenção particular em 2017.

É importante que, além das soluções puras, os revendedores desenvolvam propostas que incluam serviços de consultoria, execução e gestão. A transformação induzida pela IoT pode impulsionar a atividade de uma empresa em todas as suas áreas, mas é frequente que as complexidades decorrentes da mudança impliquem apoios adicionais e é aí que os revendedores se têm que posicionar. Educar as empresas caso a caso e criar confiança pode gerar fluxos adicionais de receitas centrados na IoT.

A segurança é, em particular, uma consideração chave para as empresas quando se trata de fazer evoluir a sua infraestrutura de TI e as suas estratégias. De acordo com a Gartner, a resolução de potenciais vulnerabilidades de segurança da IoT aumentará os encargos com segurança de menos de 1% em 2015 para 20% dos orçamentos anuais em 2020.

A natureza ultra-conectada da IoT aumenta substancialmente a base potencial de ataque para os cibercriminosos, de modo que qualquer solução que possa minimizar tais ameaças seja especialmente atraente para os clientes, sobretudo face ao considerável aumento de trabalho móvel e à distância. Por exemplo, soluções que colocam os dados sob armazenamento e gestão central em vez de o fazer ao nível do dispositivo, podem adicionar valor extra a qualquer solução de IoT.

Como a IoT se continua a desenvolver, será impossível a qualquer empresa competitiva e com visão de futuro, ignorar o seu potencial e as muitas maneiras através das quais pode simplificar as suas operações. 2017 promete ser o ano em que veremos tais soluções atraírem todas as atenções, e, da mesma forma que as empresas precisam da IoT para se manterem competitivas, também o canal precisará de evoluir para satisfazer as novas procuras, ou corre o risco de ficar para trás.




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