O fundador da Wikileaks prometeu enfrentar a extradição para o país se uma clemência fosse concedida a Chelsea Manning.

Julian Assange, director-editorial da Wikileaks
A WikiLeaks revelou que o seu fundador, Julian Assange, está confiante em vencer “qualquer julgamento justo” nos EUA. A organização que gere o site de denúncias avança que o director-editorial está disposto a assumir todas as promessas feitas em troca da clemência a Chelsea Manning.
Na última terça-feira, a sentença de prisão da ex-militar transgénero norte-americana, que cedeu documentos com informação classificada à Wikileaks, foi comutada pelo presidente dos EUA, Barack Obama. Entretanto levantaram-se dúvidas sobre se Assange manteria a sua parte de um acordo que propôs online e concorda com a extradição para os EUA.
Mas a organização diz que desconhece qualquer pedido de extradição. Num “tweet”, uma advogada de Assange, Melinda Taylor, escreveu que as autoridades dos EUA afirmam estar a investigar o fundador “mas recusam-se a confirmar/negar o envio do pedido”.
A mesma avança que o Reino Unido também se recusa a “afirmar ou negar ter recebido” a solicitação. E isso não é a mesma coisa que a inexistência do pedido, assinala.
A WikiLeaks tem sido foco de problemas para o partido democrata nos EUA, tendo libertado emails embaraçosos desviados do comité nacional democrata. A informação obtida mostra que a organização favoreceu a candidata Hillary Clinton, ante o rival Bernie Sanders, na eleição para a candidatura para as presidenciais dos EUA.
Advogados de Assange têm manifestado preocupações com a possibilidade de o fundador ser extraditado do território sueco, para os EUA, com o objectivo de enfrentar acusações de espionagem.
Embora autoridades do EUA, acusem que a fuga de informações foi orquestrada pela Rússia, a WikiLeaks mantém que não colabora com Estados na publicação de documentos.
Para já, Julian Assange, mantém-se refugiado na embaixada do Equador em Londres, resistindo a um pedido de extradição da Suécia, interessada em interrogá-lo por ter sido acusado de agressão sexual. Os seus advogados têm manifestado preocupações com a possibilidade de o fundador ser extraditado do território sueco, para os EUA, com o objectivo de enfrentar acusações de espionagem.