O que têm os chatbots, a IA e o blockchain em comum? As empresas de todas as dimensões, incluindo as PME devem estar atentas a estas tecnologias durante 2017 na gestão das suas empresas, prevê a Sage.
Chatbots, inteligência artificial e blockchain serão algumas das tendências tecnológicas que podem mudar a forma como os empresários gerem os seus negócios em 2017. A opinião é de Klaus-Michael Vogelberg, Chief Technology Officer (CTO) da Sage.
São desenvolvimentos tecnológicos que podem trazer oportunidades para o seu negócio no corrente ano e nos seguintes, avança.
Chatbots e assistentes virtuais
Os assistentes virtuais (por exemplo chatbots) serão cada vez mais comuns em dispositivos e interfaces que os empresários utilizam para gerir e controlar as empresas. Estas interfaces “vão alterar a forma como humanos e computadores trabalham e interagem”.
Em muitos casos o teclado será substituído por comandos dados oralmente, com as mãos, cabeça ou olhos. Em simultâneo, diz Michael Vogelberg, “a experiência do utilizador não só se tornará mais conveniente, mas também mais divertida” e os sistemas terão capacidade de auto-aprendizagem.
No futuro, o software será capaz de trabalhar sem intervenção do utilizador, ou de tirar partido de toda a informação recolhida em actividades posteriores.
Inteligência artificial
A inteligência artificial é outra das grandes tendências a acompanhar. O volume de dados gerado por todos os sensores e dispositivos será cada vez maior, o software de análise especial e os agentes inteligentes tornar-se-ão mais acessíveis e poderosos, permitindo às empresas “extrair conhecimento da atual riqueza do Big Data”.
Klaus-Michael Vogelberg aconselha as PME a trabalhar em equipa. “Se as pequenas e médias empresas unirem sinergias e partilharem o potencial das suas equipas e informação com outras de forma estruturada e sistemática, podem beneficiar dessa colaboração ao receberem uma base de dados mais ampla e completa e melhor inteligência de dados”. Sugere por exemplo mecanismos de “crowdsourcing”.
“Blockchain”
Os empreendedores devem analisar cuidadosamente se, e quando, a nova tecnologia “blockchain” pode impactar os seus modelos de negócio actuais. Todas as indústrias que trabalham como intermediárias entre duas partes (advogados, notários, imobiliárias ou intermediários financeiros) podem ser afectadas por esta abordagem. Os contabilistas são outra classe profissional que deverá ter de lidar com a tecnologia “blockchain” que poderá “eliminar uma grande parte da do volume de trabalho (controlar e agendar transacções, transferências de dinheiro ou pagamento de faturas).
A tecnologia “blockchain” organiza transacções de bens digitais entre duas partes. Em vez de utilizar intermediários como bancos, notários, autoridades estatais ou plataformas comerciais para legitimar a troca de determinados bens, os “blockchains” permitem aos indivíduos transferirem esses bens de uma forma directa, segura e imutável entre eles.
Movimento de dinheiro
A forma como as pessoas utilizam o dinheiro e realizam as suas transferências e pagamentos sofreu já grandes alterações, principalmente porque através de dispositivos móveis os utilizadores já conseguem realizar transacções e compra de bens através de um clique.
Em 2017, mais soluções vão permitir às empresas estabelecer uma cadeia de pagamentos integrada e automatizada com os seus fornecedores e clientes.
Infraestruturas baseadas em plataformas
Em 2017, cada vez mais PME irão substituir os seus sistemas de software actuais por soluções integradas de software em cloud computing.
São plataformas que oferecem “acesso a serviços e soluções de software empresarial inovadoras” que as empresas “não teriam capacidade de adquirir há cinco anos”. A cloud está a democratizar a forma como as empresas têm acesso a aplicações de última geração e a tecnologias inteligentes e escaláveis,” diz Klaus-Michael Vogelberg.
Internet das Coisas
As PME devem procurar as novas oportunidades que surgem com a Internet das Coisas (IoT) no quotidiano. Múltiplos fluxos de dados oriundos de todo o tipo de sensores incorporados em máquinas, carros, bens móveis e imóveis, roupas e mesmo em humanos (ex.: procedimentos médicos) irão resultar num verdadeiro tesouro valioso de informação, criando assim uma grande diversidade de novos serviços.
As PME devem pensar como usar esses fluxos de informação para fazer crescer o seu negócio em áreas tão diversas como na mecânica, logística, segurança, retalho, serviços de cuidados médicos móveis entre outros.