O papel do canal é “crucial”, mas a automatização é a solução para a escassez de recursos humanos em cibersegurança, diz o gestor de vendas da empresa para Portugal, Vesku Turtia.
Sem prescindir dos parceiros de canal, a FireeEye está interessada em vender cada vez mais as suas soluções de cibersegurança disponibilizadas em cloud computing. Em entrevista, o gestor de vendas do fabricante, para Portugal e Espanha, Vesku Turtia diz até que a empresa pretende ter mais parceiros em Portugal.
Apesar disso, a automatização dos processos de protecção é uma área de forte enfoque para o fabricante, evidencia.
Computerworld ‒ Quais são os principais elementos da estratégia da empresa em Portugal?
Vesku Turtia ‒ Um é consolidar uma base instalada com os principais clientes empresariais. Outro é aumentar a consciencialização sobre a actual paisagem de ameaças e dar suporte às empresas e à Administração Pública e reforçar a sua atitude de cibersegurança baseada numa renovada abordagem de defesa adaptativa assente em tecnologia, inteligência e especialização.
Mas também queremos aproveitar o papel crucial do parceiro de canal com as suas competências e conhecimento para o desenvolvimento do negócio no território.
CW ‒ Em que sectores económicos está focada?
VT ‒ Não há verticais específicos, já que o cenário de ameaças actual atinge todas as empresas até às PME. A nossa plataforma e portefólio de produtos é capaz de suportar grandes organizações empresariais e as nossa solução de cloud computing combinada com a protecção instalada em servidores internos, para exposição à Internet, além de servidores virtuais pode ajudar o segmento das PME.
CW ‒ Qual é o número de parceiros da empresa em Portugal e de quantos precisa mais?
VT ‒ Temos actualmente três parceiros activos, num conjunto total que abrange a S21sec, Cybersafe, Horizon, Redshift, Cap Gemini. E ainda procuramos parceiros com competências em cibersegurança profunda e capazes de cobrir o território e espaço por preencher em diferentes segmentos verticais.
CW ‒ Que produtos ou serviços servem a vossa estratégia no mercado português?
VT ‒ Neste momento estamos sobretudo a comercializar o conjunto de sistemas de detecção MVX, mas queremos vender, através do canal, cada vez mais as nossas soluções em cloud computing, o nosso serviço iSigth Intelligence e a plataforma FireeEye as a Service (FaaS).
CW ‒ Que proporção do vosso negócio está assente em serviços?
VT ‒ Infelizmente não podemos partilhar essa informação?
CW ‒ A tecnologia da Invotas, empresa que FireEye adquiriu em 2016, já foi incorporada na vossa oferta?
VT ‒ O investimento na Invotas é estratégico para a FireEye, já que a automatização é chave para as melhorias de segurança e para enfrentar a escassez de recursos qualificados. Já integramos a tecnologia da empresa no nosso portefólio de duas maneiras, com um produto autónomo e como parte de uma plataforma de segurança global.
Na forma individual, lançamos o FireEye Security Orchestrator baseado em tecnologias anteriores da Invotas. O FireEye Security Orchestrator procura acelerar e simplificar o processo de detecção e resposta de ameaças, reunindo tecnologias diferentes e processos de tratamento de incidentes numa única consola que oferece respostas guiadas em tempo real para melhorar os tempos de resposta, reduzir a exposição ao risco e manter a consistência do processo, através de um programa de segurança.
Como componente de plataforma, anunciamos o lançamento do Helix, plataforma liderada por um sistema de inteligência que melhorará as operações de segurança dos nossos clientes e oferecerá segurança em qualquer suporte, cloud pública e privada ou em arquitectura híbrida, rede ou terminal. Tem incorporadas capacidades de detecção de ameaças do FireEye iSIGHT e competências da Mandiant.
Disponibilizados em conjunto, esses recursos melhoram os activos de segurança existentes por meio da contextualização, correlação e automação. Os recursos de automação vêm directamente da aquisição da Invotas.
CW ‒ O Visa Threat Intelligence, plataforma de protecção de operações de pagamento, está a ser usada em Portugal? Com que resultados?
VT ‒ Sim, está disponível para Portugal, mas por razões confidenciais que não podemos revelar quaisquer detalhes.