Gfi prevê passar os 200 milhões de facturação na Peninsula Ibérica

Com a aquisição da portuguesa ROFF e da espanhola Efron, o grupo francês antevê duplicar o volume de negócios no mercado conjunto de Portugal e Espanha.

Nuno Santos - Gfi

Nuno Santos, CEO da Gfi Portugal

A Gfi anunciou recentemente a aquisição da ROFF em Portugal e da Efron em Espanha. O conjunto das duas aquisições deverá permitir à empresa francesa duplicar o volume de negócios no mercado ibérico, um dos principais objectivos estratégicos do grupo. A previsão é avançada por Nuno Santos, CEO da Gfi Portugal em declarações para o Computerworld.

Com as aquisições, o grupo Gfi passará a ter “receitas superiores a 200 milhões de euros na Ibéria” e quer “alargar a sua presença a novas geografias”. Por outro lado, a Gfi eleva dentro do grupo “o seu posicionamento ibérico”, aumentando a sua base de implantação e reforça a marca naqueles dois países, sublinha o CEO português.

Ambos os negócios estão formalizados e concluídos. O valor das aquisições não foi ainda avançado pelo grupo, “decisão que compete à gestão global”, explica Nuno Santos.

À escala nacional, “a Gfi terá em 2017 uma operação de mais de 80 milhões de euros, com previsões de crescimento relevante nos próximos anos”, antevê o responsável. Tanto a Gfi como a ROFF, acrescenta, devem alcançar “um crescimento relevante das suas operações”, em 2016.

E a Efron, em Espanha, tem uma forte presença em sectores como a banca, os seguros e a saúde.

Reforço em tecnologia SAP

A compra da ROFF,  visa o reforço da “oferta de integração e manutenção de tecnologias SAP do grupo Gfi, que contabiliza hoje mais de mil consultores dedicados”. A empresa portuguesa passa a ser a “operação responsável por toda a actividade SAP dentro do grupo, nas suas diferentes geografias, articulando-se com as equipas internacionais”.

Na prática, o negócio com a ROFF é “win win” para as partes envolvidas. Com esta operação, a empresa portuguesa ROFF conquista mercado internacional, enquanto a Gfi reforça a presença da marca em Portugal.

A ROFF tem “uma vasta carteira de clientes e metade da sua receita é proveniente do mercado português”, assinala Nuno Santos. “A partir de agora, a Gfi Portugal poderá potenciar a sua oferta e competências em novas contas, assim como a ROFF terá acesso a grandes clientes nacionais e internacionais, em mercados onde quer crescer. A esta vantagem, alia-se a partilha de experiências e sinergias que beneficiarão ambas as organizações”.

Cerca de um mês e meio após o anúncio da aquisição, o CEO ressalva que “cada operação mantém a sua equipa e o seu modelo de gestão”. A ROFF, ao integrar o grupo, “incorpora as actividades em curso, com uma adaptação mais sentida na sua área financeira e de controlo de gestão”.

Do ponto de vista comercial, “cada organização manterá a sua actividade, incorporando rotinas conjuntas para potenciar oportunidades específicas, tendo em consideração que cada empresa tem a sua carteira de clientes”. Numa perspectiva mais global, à escala do grupo, as aquisições da ROFF e da Efron reforçam a presença da Gfi na América Latina, designadamente no Brasil, México e Colômbia, onde as vendas ascendem a 12 milhões de euros.

Depois das aquisições, o grupo passa a contar com 14 mil profissionais em 16 países: França, Espanha, Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Suíça, Inglaterra, Polónia, Roménia, Marrocos, Costa do Marfim, Angola, EUA, México, Colômbia e Brasil.

Passa a ter também 16 centros de serviços partilhados, dois em Portugal: na capital gerido pela Gfi, e na Covilhã, pela ROFF. Mais cinco funcionam em França e nove estão noutros países. À escala ibérica, o conjunto empresarial francês agrega 3400 profissionais.




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