Os investigadores apreenderam 50 terabytes de informação, desviada da agência dos EUA, além de ferramentas de ciber-intrusão.
Um profissional ex-subcontratado pela National Security Agency (NSA) foi constituído suspeito de roubar ferramentas de “hacking” e informações classificadas, referentes a duas décadas. No processo aberto em tribunal, durante a última quinta-feira, investigadores federais avançaram novos detalhes sobre a acusação a Harold Martin, de 51 de idade, preso no final de Agosto.
As autoridades apreenderam 50 terabytes de informações na posse de Martin, além de milhares de páginas de documentos, diz a acusação. Entre eles estão planos operacionais classificados contra um inimigo conhecido dos EUA, que o profissional não precisava de conhecer.
Na última quarta-feira, o New York Times avançou também que estava na posse de ferramentas de ciber-intrusão, da NSA, recentemente colocadas à venda online. Um grupo anónimo de hackers que se auto-denomina “Shadow Brokers”, tem estado a tentar vender as ferramentas desde meados de Agosto. Não é claro como as obtiveram.
De acordo com a acção judicial, os investigadores também descobriram um documento com anotações manuscritas que descrevem operações e e técnicas de infra-estrutura informática, de acesso classificado na NSA. Essas notas parecem estar escrita para uma “audiência fora da comunidade de serviços de inteligência”, diz o documento apresentado em tribunal.
Os investigadores não detectaram qualquer evidência directa de que Martin tenha cedidido os materiais roubados a hackers ou um governo estrangeiro.
Martin trabalhou anteriormente na Booz Allen Hamilton, empresa que presta serviços de suporte à infra-estrutura da NSA, e detinha um credencial superior de acesso. Inicialmente, o departamento de Justiça dos EUA disse que Martin tinha subtraído seis documentos classificados produzidos em 2014.
A acusação de quinta-feira avança que o suspeito tinha um grande conjunto de documentos datados entre 1996 e 2016, muitos dos quais foram classificados com “secret” ou “top secret”. As autoridades norte-americanas ainda estão a rever a informação apreendida, mas alegam que Martin manteve ilegalmente documentos dos quais não precisava.
“O caso contra o acusado, é até agora, é esmagador”, consideram no documento apresentado. Os investigadores não detectaram qualquer evidência directa de que Martin tenha cedidido os materiais roubados a hackers ou um governo estrangeiro. E os advogados do acusado rejeitou as alegações de que ele tenha traído os EUA.