Mas a Unisys adverte que para haver uma proliferação mais intensa da tecnologia será preciso resolver questões de privacidade.
As tecnologias usadas em “wearables” ou dispositivos corporais deverão transformar a biometria. Segundo um estudo da Unisys, a área de segurança pública e aplicação da lei devem impulsionar a adopção daqueles equipamentos, com o surgimento de novos formatos e sensores para aplicação comercial mais ampla.
No entanto, a consultora sublinha que, para uma proliferação mais intensa do conceito, ainda estão por resolver várias questões da privacidade e segurança dos dados biométricos armazenados. De acordo com o trabalho, embora a biometria se tenha tornado mais barata, exacta e fácil de usar, a falta de uma mudança profunda nas tecnologias de recolha de dados limitou os tipos de aplicações.
O surgimento das tecnologias para “wearables” tem o potencial de mudar isso, acredita a empresa. A maioria dos profissionais da área de biometria inquiridos para o trabalho (63%) afirmou que a possibilidade de agentes da lei poderem beneficiar das tecnologias para identificar suspeitos, terroristas e criminosos é a oportunidade mais adequada para incorporar a biometria nos “wearables”.
Na opinião dos inquiridos, a modalidade biométrica mais apropriada para ser usada com tecnologias “wereable” é o reconhecimento facial (por exemplo, no smartphone), seguido pela identificação de voz. Mas as pulseiras (52%), relógios (19%) e dispositivos de pregadeira (15%) são os formatos de dispositivos mais apropriados para utilização da biometria.
Como muitos dispositivos “wearable” já incorporam câmaras, o reconhecimento facial é uma opção lógica para os óculos inteligentes e as câmaras utilizadas junto ao corpo.
“A autenticação por impressão digital já é aceite em smartphones e poderá ser aplicada a relógios ou pulseiras por meio de sensores de impressão digital. De modo similar, como muitos dispositivos “wearable” já incorporam câmaras, o reconhecimento facial é uma opção lógica para os óculos inteligentes e as câmaras utilizadas junto ao corpo”, explica a consultora.
Questões sobre privacidade no acesso às informações biométricas armazenadas na cloud foram citadas como o obstáculo mais significativo para a incorporação da biometria à tecnologia de dispositivos corporais (79%). De forma geral, tecnologia, formato e custo não foram considerados obstáculos.
*Com IDGNow