Como a inteligência artificial vai mudar as nossas vidas

Cientistas e especialistas tecnológicos analisam as transformações previstas até 2030, nos transportes, educação e segurança doméstica como consequência da evolução das máquinas inteligentes.

artificialfictionbrain_gengiskanhg_wikimedia-commons-cc-by-sa-3.0-100411445-origPor volta de 2030, a inteligência artificial (IA) terá modificado as deslocações quotidianas, a maneira como educamos os nossos filhos e os cuidados pessoais com a saúde. Pelo menos é a conclusão obtida por um grupo de académicos e especialistas tecnológicos que participam no projecto “Cem anos de estudo de IA” (IA100), realizado pela Universidade de Stanford.

O citado projecto tem por objectivo tentar antecipar os avanços derivados da IA, assim como os desafios éticos que se colocam e a maneira como as tecnologias inteligentes vão transformar a vida urbana. O estudo “Artificial Intelligence and life in 2030” analisa como esta tecnologia vai afectar emprego, saúde, segurança, entretenimento, educação, robôs, transporte e comunidades pobres.

“Acreditamos que as aplicações de IA especializadas vão ser mais habituais e úteis em 2030, com repercussões positivas na economia e na qualidade de vida”, declara Peter Stone, presidente do painel de especialistas internacionais. “No entanto, esta tecnologia também vai colocar profundos desafios que afectam empregos, receitas e outros assuntos que deveriam ser abordados já para ter a certeza da partilha geral dos benefícios da IA”, acrescenta Stone.

No estudo os cientistas antecipam alguns dos problemas, mas também são expostas inúmeras vantagens. “As tecnologias de IA podem ser seguras e ter grandes benefícios” afirma Barbara Grosz, investigadora da Universidade de Harvard e presidente do comité de AI100.

Os veículos de condução autónoma e os drones de entrega aérea podem modificar padrões de deslocações e de vida nas cidades.

“A transparência sobre os desafios de design e abertura da IA vai criar confiança, e evitar medos injustificados e suspeitas”. Os investigadores do estudo assinalam que quando se trata de IA e transportes, os veículos de condução autónoma e os drones de entrega aérea podem modificar padrões de deslocações e de vida nas cidades.

O estudo refere-se ainda a robots destinados ao serviço doméstico dedicados não só à limpeza mas também a funções de segurança, enquanto sensores inteligentes vão controlar níveis de açúcar no sangue, e serviços que poderiam ser melhorados como o da distribuição de comida em bairros pobres ou a análise de padrões criminosos.

Os cientistas e especialistas tecnológicos assinalaram que este trabalho deveria começar já a ser feito para ajudar as pessoas a adaptarem-se, uma vez que a economia está a sofrer modificações muito rápidas, com o desaparecimento de alguns trabalhos e a criação de outros.

“Até à data a IA era conhecida através de livros e filmes de ficção científica. O estudo proporciona uma base realista para discutir como as tecnologias de IA podem afectar a sociedade”, conclui Peter Stone.




Deixe um comentário

O seu email não será publicado