O sector opõe-se a que o Reino Unido, deixe de ser membro da União Europeia, indicam as sondagens. Mas o sentimento não é universal.
Na sua maioria o sector das TIC opõe-se a que o Reino Unido saía da União Europeia, dizem sondagens e várias declarações. Antes da votação desta quinta-feira, o presidente da câmara de Londres, por exemplo, juntou 140 representantes de empresas de tecnologia para divulgar uma carta em que apelavam o voto na permanência.
“A nossa capital tem o potencial para ser a Los Angeles, Nova Iorque e Silicon Valley para o resto da Europa. E incentivar a criação de novos postos de trabalho para toda a Grã-Bretanha. Não vamos colocar isso em risco”, escreveu, Sadiq Khan.
Mas esta posição não é universal. Russell Stern, o CEO da Solarflare Communications, um fornecedor de equipamentos de rede, diz que uma saída pode ajudar a sua empresa, com sede na Califórnia.
“A UE criou mais obstáculos regulamentares, e não menos”, disse Stern numa entrevista. Uma saída da UE poderia permitir que o Reino Unido seja competitivo como espaço com com menos regulamentação. Isso pode ter um impacto positivo nos negócios, considera.
A saída poderia levar a indústria de serviços financeiros da Europa a concentrar-se no Reino Unido, com o aumento de procura a favorecer as tecnologias de Solarflare. Esta gere um centro de investigação em Cambridge, Inglaterra, e os seus dois co-fundadores são da Universidade de Cambridge.
Os efeitos de uma saída, na opinião de Jeff Broadhurst, o CEO do fornecedor de ERP, Apprise Software, vão depender de muitas decisões, tais como os acordos comerciais
Discutindo outras repercussões possíveis da votação, Stern observou que a mobilidade da imigração agora autorizados na UE tem sido vista como uma vantagem para as empresas. Potenciais novas regras de imigração provavelmente resultariam no aumento de tempo necessário para se contratar alguém de outro país.
Mas mesmo assim, na sua opinião, não impediria as empresas britânicas de atrair bons recursos humanos. Os efeitos de uma saída, na opinião de Jeff Broadhurst, o CEO do fornecedor de ERP, Apprise Software, vão depender de muitas decisões, tais como os acordos comerciais.
Se as sondagens da CompTIA, junto de líderes de empresas de TIC forem precisas, descobriu que descobriu 53% opõem-se à saída, 19% são a favor. mais esperança de permanecer na UE. O inquérito abordou 32 PME.
Falta recursos humanos deve ser considerada
Mesmo tendo em conta a visão de Stern, existem preocupações sobre o impacto económico mais amplo de uma decisão pelo sim. O “Brexit” pode reduzir a liberdade de movimento de recursos humanos, disse Phil Gibbs, director de experiência do cliente da Llamasoft, fabricante de software para gestão de cadeias de abastecimento, baseada em Ann Arbor, no Michigan.
“Muitas operações de distribuição no Reino Unido são formadas com profissionais provenientes da Europa continental, particularmente no seio das nações do Leste europeu”, explica Gibbs via e-mail. “Se houver restrições sobre a capacidade deles trabalharem no Reino Unido, poderá surgir escassez de recursos humanos, levando a uma pressão crescente sobre os custos”.
As decisões de investimento por parte das multinacionais serão obrigatoriamente afectadas, prevê Gibbs. “Sem dúvida vão refazer modelos tendo em conta o impacto nos custos, na disponibilidade de profissionais e restrições comerciais sobre a sua cadeia de abastecimento antes de tomar decisões”, considera.
*Actualizada com informação na novo caixa de texto