Sete responsáveis de TIC debatem em mesa redonda a nova legislação europeia, partilhando as suas experiências e conhecimento, nos processos de conformidade.
A conformidade com o novo regulamento de protecção de dados pessoais da União Europeia tende a ser particularmente penosa para as PME. Essa é, se não a principal, uma das ideias que se confirmaram na mesa redonda organizada pelo Computerworld, em torno do recente conjunto de regras aprovado pelo Parlamento Europeu.
Com efeito, da discussão patrocinada pela Micro Focus e pela NetIQ, percebe-se que as PME serão as empresas que mais desafios terão na agenda, se de facto estiverem atentas.
Mediante o seu enquadramento legal, terão por exemplo de providenciar a nomeação de um delegado oficial de privacidade, dentro da sua organização. Num processo mais complexo e abrangente, terão de ganhar conformidade nos seus procedimentos e fluxos de trabalho, o que será ainda o mais exigente. Os custos prevêem-se avultados, mas as penalizações podem ainda ser piores.
O regulamento entra em vigor, na sua plenitude, só a 25 de Maio de 2018. Apesar disso, quem sabe do desafio recomenda que se comece quanto antes o processo de adaptação. Dois anos podem não ser suficientes.
A classificação de dados e informação dentro da organização, integrada com a gestão de identidades, surge como pedra basilar. Mas pelo caminho tendem a emergir, não só as armadilhas das zonas cinzentas da legislação, como também os consultores menos éticos, que prometem a panaceia.
O associativismo é apresentado como solução para as PME ganharem sobretudo conhecimento e capacidade de avaliação, pela partilha. Um exemplo está a ser um consórcio no ensino superior envolvendo instituições no Norte e Centro do país.
A partilha de conhecimento e experiências dominou a mesa redonda organizada em que estiveram presentes:
‒ Tolentino Martins da direcção de SI e TI (Serviço SIS LOG) da NAV Portugal;
‒ Miguel Jacinto, CISO do Banco BIC;
‒ Ricardo Martins, director de serviços de TIC da Universidade de Aveiro
‒ António Rio Costa , da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD)
‒ João Stott, CSO da Timwe;
‒ Carlos Barbero, gestor de vendas da NetIQ
‒ João Rato, director de vendas da Micro Focus em Portugal.
O texto que reflecte o debate foi repartido por cinco artigos e forma um conjunto de seis, encadeados por links. Abaixo, as declarações dos responsáveis servem como base de ligação aos referidos artigos.