O fabricante conta disponibilizar a plataforma em Junho, dirigida sobretudo à administração local.
Manuel Amorim, CEO da Ano Software
A Ano Software prepara-se para começar a comercializar um ERP open source adaptado à administração pública portuguesa, tendo seis projectos-piloto em curso. O lançamento do Future ERP, está previsto para Junho e a plataforma será dirigida durante 2016, apenas para organizações da administração local. Uma abordagem ao mercado empresarial ficará para 2017.
O CEO da empresa, Manuel Amorim, refere como um dos argumentos principais da oferta, o facto refere o facto de ser disponibilizado em código aberto, como elemento potenciador de maior interoperacionalidade, integração e flexibilidade. E acredita na confiança desenvolvida pelo fornecedor ao longo de 22 anos junto da administração pública.
Segundo o responsável a organização empresa fornece tecnologia para 60% das câmaras municipais com iniciativas de eGovernment: incluindo o suporte à desmaterilização de processos e interface com os cidadãos. Amorim conta também com a adaptação a ser feita no software para as necessidades específicas das administrações locais, assoladas por várias pressões vária ordem.
Na agenda têm até 2017 para suportar a conformidade com o novo Sistema de Normalização Contabilística. E a título pessoal os gestores públicos estão sujeitos a responsabilidades, inclusive criminais, relativamente a contas públicas, embora muitas vezes não tenham acesso a informação de gestão atempadamente para tomarem decisões, sublinha o CEO.
A lei dos compromissos e pagamentos em atraso pode dessa forma impulsionar a actividade daquela que será a nona área de negócio da empresa. Embora a mesma legislação possa ser restritiva, Manuel Amorim acredita que haverá disponibilidade financeira para assumir compromissos ou “preços razoáveis”. Estes serão outro elemento diferenciador face a oferta da Microsoft, Oracle e SAP, apontou.
Operação em Espanha prevista para 2016
A Ano prepara a entrada no mercado espanhol o que deverá acontecer durante 2016, diz Manuel Amorim. Cerca de 20% do negócio da empresa, cuja facturação foi de 2,9 milhões de euros em 2015, já é oriundo de mercados estrangeiros.
Em Espanha a área de maior enfoque será a de eProcurement, embora normalmente no negócio de internacional, que se estende ao Brasil e PALOP, seja a de eGoverment (desmaterailização e interface).
O responsável crê na experiência da empresa no sector público: 70% da actividade da Ano está nele centrado. A aposta não está isenta de desafios. Apesar de a AP ser obrigada a considerar as aplicações em open source, nota-se que as autarquias têm mostrado alguma resistência na adopção daquele tipo de soluções.
Dois pilotos em cloud
Cerca de 50% do negócio de software da empresa realiza-se em cloud computing, de acordo com Manuel Amorim, 50% . Embora isso inclua soluções em que o software está alojado no centro de dados do ciente e seja gerido à distância. Dois dos poejcetso piloto em curso recorrem à solução em SaaS, diz o responsável. As primeiras implantações em modo de produção (considerando a meia dúzia de projectos-pilotos) deverão começar em Setembro, espera.
Os prazos de implementação serão outro dos elementos diferenciadores prometidos. A empresa adopta uma metodologia “Agile” de desenvolvimento rápido interativo de aplicações, usando uma equipa de acompanhamento e recolha de requisitos junto dos clientes.
A Ano Software posiciona-se, garante o responsável, como produtora de software e não como fornecedora de serviços de consultoria. O software em fase final de adaptação é baseia-se em tecnologia Java, sendo usado em mais de 20 países, segundo o CEO. Beneficia de uma comunidade superior a 3 milhões de programadores.