Bancos respondem a startups com apps e serviços

Começam a disponibilizar ofertas mais adaptáveis às exigências dos clientes, assentes na analítica sobre grandes volumes de dados e CRM baseado em cloud computing.

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A concorrência está particularmente acesa na área financeira com o surgimento de várias startups e a resposta de vários bancos a esses novos agentes. Isto quando os consumidores e as empresas exigem processos de concessão de empréstimos mais rápidos, maiores retornos sobre os investimentos financeiros e melhores experiências do cliente em geral.

Face às startups mais ágeis, as entidades financeiras “incumbentes” começam a responder com ofertas mais adaptáveis às exigências de clientes, assentes na analítica sobre grandes volumes de dados, aplicações móveis e CRM alimentado em cloud computing.

Entre as startups, os novos agentes do mercado dos serviços financeiros estão a abalar o terreno em todos os quadrantes, no de investimento, de seguros e de pagamentos, considera Cliff Condon, chefe de pesquisa e director de produto da Forrester Research.

O impacto destes “disruptores digitais” é especialmente difícil de desprezar  em áreas como a dos empréstimos, das hipotecas e da consultoria sobre investimento. Na verdade, esses intervenientes representaram 38% do mercado de hipotecas nos Estados Unidos, que valeu perto de 1,2 biliões de dólares em 2014 , de acordo com a Inside Mortgage Finance.

No seu conjunto, o sector dos serviços financeiros constitui “um dos menos centrados no cliente”, considera Simon Mulcahy (Salesforce.com).

Além disso, cerca de metade dos clientes de gestão de riqueza não têm total confiança nos consultores financeiros, de acordo com um estudo apresentado na conferência Dreamforce 2015, da Salesforce.com.

Mas muitos prestadores de serviços financeiros tradicionais estão a deixar espaço aberto para as startups. No seu conjunto, o sector dos serviços financeiros constitui “um dos menos centrados no cliente”, considera Simon Mulcahy, vice-presidente sénior e director-geral para a área de serviços financeiros na Salesforce.com.

A geração dos “millennials”, plenamente familiarizada com os PC e dispositivos móveis, tende a ser especialmente intolerante com ofertas financeiras antiquadas e pessoalmente irrelevantes e desadequadas das empresas financeiras já estabelecidas, sugere Steven Noels, co-fundador e CTO da NGData, empresa de software de analítica de grandes volumes de dados.

Três vantagens das startups

As startups “fintech”, com negócio muito dependente das capacidades de software, desfrutam de três tipos de vantagens, sobre as outras entidades, de acordo com Benjamin Ensor, analista da Forrester:

‒ a primeira, mais generalizada, é que a sua actividade não está regulamentada;

‒ as startups não têm sistemas legados que atrapalhem o desenvolvimento rápido de coisas novas, nem estão limitadas por uma mentalidade vigente e cristalizada, característica das grandes empresas, com hierarquias fortes;

‒ em geral, são mais rápidas na adopção de novas tecnologias.




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