Preços altos de correio minam eCommerce transfronteiriço na UE

Preços de envio de encomendas entre países da União Europeia é 471% maior do que aqueles para destinos nacionais internos.

Preços de envio de encomendas dentro da UE

Os preços do envio transfronteiriço de encomendas através de operadores postais nacionais são quase cinco vezes superiores aos dos seus equivalentes para destino interno, diz um estudo da Universidade Saint-Louis de Bruxelas.

Outros resultados, também divulgados pela Comissão Europeias sobre a entrega de encomendas, confirmam que os consumidores e os retalhistas continuam a ver nos elevados custos do envio transfronteiriço de encomendas um entrave para a compra online.

Segundo o organismo comunitário, em média, 44% dos consumidores fazem compras online no seu próprio país, mas apenas 15% encomendam a partir de outro Estado-membro da União Europeia (UE).

O estudo da universidade diz que, também em média, os preços de envio transfronteiriço são 324% mais altos do que para envio interno, nas cartas, e 471% maior nas encomendas. Em Portugal, para o serviço de topo, é quase quatro vezes mais (ver gráfico).

As conclusões do trabalho referem que a maturidade dos mercados postais liberalizados parece ter importância, dado conduzir estatisticamente à redução das diferenças de preços transfronteiras das encomendas e a preços de envio transfronteiriço mais elevados para as cartas.

“Acreditamos que quotas de importação mais elevadas podem ter uma influência negativa sobre os preços transfronteiriços quando isso leva a uma diminuição das taxas de terminação”, diz o estudo.

Partindo de dados sobre o comércio online bilateral, o estudo nota indícios de que o volume de importações bilateral é importante, mas o de exportação não é. Se, num quadro de eCommerce, maiores volumes de exportação não afectam os custos marginais nacionais de produtos de correio transfronteiriço, não se espera que as quotas bilaterais de exportação tenham um efeito sobre o diferencial de preços transfronteiriço, concluem os autores da análise.

“Acreditamos que quotas de importação mais elevadas podem ter uma influência negativa sobre os preços transfronteiriços quando isso leva a uma diminuição das taxas de terminação”, diz o estudo.
O efeito será mais importante no correio de cartas e menos no de encomendas.

“Poderá ser atenuado se as taxas de terminação forem determinadas de forma concorrencial: desde que o volume não afecte os custos marginais, então maiores quotas de importação não deverão necessariamente diminuir as taxas de terminação”, prevê o estudo.

Quando não resultam na redução, “então não se espera que os preços transfronteiriços mudem”.




Deixe um comentário

O seu email não será publicado