Exogenus Therapeutics, Glexyz, Stuki.o ou Linehealth, podem receber um prémio de 30 mil euros.
Entre os seis finalistas para o 17º Prémio do Jovem Empreendedor da ANJE estão quatro startups cujo modelo de negócio assenta mais intensivamente em TIC: Exogenus Therapeutics, Glexyz, Stuki.o ou Linehealth. O vencedor do concurso promovido pela Associação Nacional de Jovens Empresários (ANJE) será anunciado dia 18 de Novembro e receberá um prémio no valor de 30 mil euros.
Este é composto por 20 mil euros em dinheiro e o restante num “conjunto integrado de apoios”, como “um ano de incubação numa das infra-estruturas da Rede de Incubação da ANJE, suporte promocional, a oferta de uma pós-graduação promovida pela área de formação da associação e ainda acesso a instrumentos e programas de incentivo financeiro e de acompanhamento da actividade empresarial”, explica um comunicado.
Os outros dois candidatos ao prémio, cuja final decorrerá durante a Feira do Empreendedor, são a DoctorGummy (produtora de gomas medicinais para crianças) e a Matter (fabricante de peças de “design” criadas a partir de resíduos).
Segundo a nota de imprensa, a edição do concurso registou este ano mais de 150 candidaturas.
“É incontestável que estes seis finalistas são negócios pensados para o mercado global, com propostas ousadas e disruptivas”, considera João Rafael Koehler, presidente da ANJE.
O responsável recorda ainda que se celebram este ano os 18 anos da Academia dos Empreendedores e diz que “o empreendedorismo atingiu a maioridade” em Portugal.
Os quatro finalistas (de TIC):
‒ Exogenus Therapeutics: apresenta uma terapia celular aplicada à medicina regenerativa, especialmente no tratamento de lesões da pele. O primeiro produto da empresa de biotecnologia está em desenvolvimento, intitula-se Exo-Wound e direcciona-se para o tratamento de feridas crónicas. O agente activo utilizado por esta terapia afirma-se mais eficiente pelo facto de utilizar células que não são vivas e que não induzem respostas imunitárias.
‒ Linehealth: desenvolveu uma solução de saúde digital assente numa dupla solução para ajudar doentes crónicos na gestão da sua condição. Uma aplicação móvel reúne toda a informação de saúde do doente, emite alertas associados à medicação, guarda informação de prescrição, apontamentos médicos e ainda dados sobre sinais vitais e actividade física. Uma caixa de medicamentos inteligente e portátil para multi-medicação regista a hora de acesso e pode ser sincronizada com a app.
‒ A Glexyz: desenvolveu a uma plataforma virtual integrada, assente em cloud computing, que permite testar e optimizar produtos de forma rápida. O modelo da startup envolve tentar democratizar o acesso a ferramentas de virtualização, capazes de acelerar a introdução de novos produtos no mercado. Aumentar a eficiência dos testes, reduzir custos e reduzir desperdícios é a proposta de valor da empresa.
‒ Stuk.io: gere uma plataforma online que ensina a programar e permite transformar ideias de negócio em aplicações com base na Internet. A empresa pretende que os formandos programem a partir do zero e propõe guias passo a passo, traduzidos em tutoriais de formato vídeo, que podem ser consultados em qualquer hora ou local. Beneficiou de um período no acelerador holandês Rockstart Accelerator, onde desenvolveu as bases do projecto de vocação global, e acaba de fechar uma ronda de investimento com a Portugal Ventures. E conta com mais de 10 mil clientes, oriundos de mais de 100 países diferentes.
Os planos de negócio propostos para concurso passaram por diferentes fases de triagem, a última das quais foi com o júri nacional da competição, do qual fazem parte Bruno Carvalho (CEO da Active Aerogels), José Gabriel Chimeno (corporate finance partner na Deloitte Portugal), Miguel Ribeiro Ferreira (presidente do Grupo Fonte Viva e investidor no Shark Tank Portugal), Stephan Morais (director executivo na Caixa Capital), Paulo Sousa Marques (CEO do Shark Tank Portugal) e Nuno Barroca (vice presidente do Grupo Amorim).