SPMS apreciou projectos em valor acima dos 40 milhões

Organismo público vai avançar com unificação de informação de Unidades Locais de Saúde, numa camada de apresentação, em 2016.

Henrique Martins_presidente da SPMS_4374rOs Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) apreciaram um conjunto de projectos no valor de “mais de 40 milhões de euros”, candidatos a fundos do programa Portugal 2020, revelou o presidente da empresa pública, Henrique Martins, em declarações ao Computerworld.

Grande parte das iniciativas são de hospitais mas uma administração regional de saúde também apresentou um projecto, assim com o Instituto Português do Sangue.

A intervenção do responsável num evento promovido pela CIOnet, esta terça-feira em Lisboa, sugere que muitos são de âmbito aplicacional e de gestão. Henrique Martins recorreu à ironia para se referir ao florescimento dessas iniciativas e à disponibilidade do financiamento para a modernização administrativa.

“Estamos em época de cogumelos”, enfatizou, sem deixar de sublinhar a necessidade de os projectos serem “bem implantados”. Quase como lembrete, defendeu ainda que a estratégia de TIC para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) deve recorrer particularmente a tecnologias de Web Services, camadas de apresentação (de informação) e de partilha de dados.

Estabelecendo de certa maneira essa orientação, os SMPS devem avançar com as primeiras implantações do projecto para a Visão Clínica Integrada (VCI). Esta vai iniciar-se à escala das Unidades Locais de Saúde (ULS), com os primeiros trabalhos no grupo do Litoral Alentejano a começarem  no final de do primeiro trimestre de 2016, avançou Henrique Martins.

A VCI prevê, além da visão à escala das ULS, uma perspectiva hospitalar e outra de ARS/Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES).

A iniciativa envolve a unificação da informação de “sete bases de dados”, de um hospital e de vários centros de saúde, numa camada de apresentação de informação. Um dos objectivos da VCI será criar condições para os dados clínicos serem apresentados de forma localizada, mas centrada ou em função do paciente e de acordo com diferentes necessidades dos profissionais de saúde.

Prevê, nesse quadro, além da visão à escala das ULS, uma perspectiva hospitalar e outra de ARS/Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), numa fase posterior. Seria positivo que a primeira camada estivesse disponível até finais de 2016, segundo Henrique Martins, mas o próprio não se quis comprometer com esse prazo.

“Depende muito da forma como correr o primeiro projecto [no Alentejo] e das infra-estruturas das ULS, algumas não estão [devidamente] equipadas”, justifica. Na sua intervenção, o presidente dos SPMS reforçou a ideia de que já existem muitos dados nos sistemas de informação do SNS.

“O segredo”, ou estratégia recomendável, é promover e suportar a partilha de informação com ênfase no recurso a camadas de apresentação, defendeu.




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