Comissão Europeia quer apresentar “documento concreto” sobre as suas iniciativas de cloud computing este ano ou até meados de 2016.
A Comissão Europeia (CE) conta apresentar um “documento concreto” sobre as suas iniciativas de cloud computing, que devem favorecer o fornecimento de soluções baseadas naquele modelo de negócio, revelou Mário Campolargo, director da unidade “Net Futures”, da direcção-geral Connect do organismo comunitário.
O responsável prevê “benefícios para as áreas da ciência, investigação e governo electrónico”, como resultado.
Num pequeno balanço sobre as iniciativas da CE na cloud computing, reconhece em declarações ao Computerworld que a “ambição à escala europeia tem de ir mais além” para suportar serviços públicos e haver mais investimento em infra-estruturas.
A ideia para “o Mercado Único Europeu confirma a necessidade de ter uma política e ter uma iniciativa concreta na área de cloud computing, integrando as vertentes de dados, em particular do fluxo livre de dados, seja para a ciência ou a administração pública”. A visão prevê que a aposta seja “aliada à capacidade de a indústria criar soluções”.
Campolargo lembra ser “importante para a Europa criar e não só importar soluções, combinando as compras públicas com normas em termos de protecção e transferência de dados”. Isso permitirá fazer investimentos mais sérios e criar confiança do lado do fornecimento, diz.
Neste momento, a sua direcção-geral já recebeu os resultados dos grupos de trabalho industriais constituídos e consultados sobre contratos, portabilidade de informação, co-regulação e auto-regulação.
“Incentivamos a indústria a definir códigos”, recorda. Aqueles terão de ser verificados pelo denominado “grupo de trabalho do artigo 29”, dedicado à análise de questões referentes à protecção de dados. “Submetemos agora as conclusões, falta muito trabalho nessa área”, revela.
Tema de cloud computing é de extrema importância para a Comissão Europeia, mas já atingiu o máximo de proeminência na sua agenda.
Segundo o responsável, a cloud é de extrema importância para a Comissão Europeia, mas já atingiu o máximo de proeminência na sua agenda. “A IoT será a área de enfoque para 2016 e 2017”, confirma.
A participação portuguesa nos trabalhos referentes à primeira área satisfazem Campolargo. A eSPap está envolvida no projecto Cloud for Europe para harmonizar as compras públicas de capacidade de cloud computing, procurando atingir economias de escala e interoperacionalidade, por exemplo
“O projecto está a correr muito bem e Portugal é um dos países com um papel mais importante nele”. Em Novembro de 2014, foram realizadas as primeiras compras públicas baseadas numa especificação comum, recorda o responsável.
Decorre ainda uma fase de teste de soluções e o projecto deverá terminar no final de 2015 ou a meio de 2016, diz Campolargo.