A nova empresa do grupo e.Gen Ventures prevê facturar um milhão de euros focada na automação de marketing e desenvolvimento para Internet e CRM.
Nuno Barrocas, CEO da Driven
Um conjunto de 16 trabalhadores da DRI liderado pelo CTO da empresa, Nuno Barrocas, formou uma nova organização, a Driven, e tomou a iniciativa de se aliar à e.Gen Ventures. A primeira entidade estava focada em soluções de CRM com open source e declarou insolvência durante o mês de Agosto passado, de acordo com fonte familiarizada com o processo.
A nova empresa iniciou actividade no corrente mês, espera facturar 400 mil euros durante os primeiros seis meses e um milhão ao fim do primeiro ano, diz um comunicado. Posiciona-se como fornecedora de soluções de “Customer Experience Management”, tendo como CEO, Nuno Barrocas.
O enfoque em aplicações CRM com tecnologia SugarCRM deverá manter-se, mas a sua actividade assentará também na oferta de soluções de Internet concebidas e desenhadas em Drupal. Neste negócio beneficiará da parceria com a Acquia e conta desenvolver apostas no segmento da automação de marketing digital, com a ferramenta Act-On baseada em cloud computing.
“Não nos posicionamos apenas como empresa de TI: o domínio tecnológico e a adopção de metodologias de gestão de projecto fazem parte das nossas competências”, declara o CEO. Assumindo-as como “basilares”, não deixam de ser um ponto de partida, ressalva.
Por isso, a empresa de 20 trabalhadores aposta em equipas multidisciplinares. Como está integrada num grupo pretende aproveitar as sinergias inerentes, por exemplo, no desenvolvimento de soluções para ambientes de mobilidade. Ao mesmo tempo, a sua oferta de tecnologia CRM deverá funcionar como alternativa a outras plataformas, como por exemplo Microsoft Dynamics, nas propostas do conjunto.
Há ainda a possibilidade de as competências da Driven servirem, por exemplo, o negócio da Edge Innovation, e.Near e Designsete, outros elemento sdo grupo empresarial. Pedro Malheiro, CEO da e.Gen Ventures, afirma que esta procura estar atenta às possibilidades de “ampliar áreas de competência da oferta” do grupo “através da criação de novas unidades de negócio”.
E destaca o valor da carteira de clientes e projectos da nova empresa, tanto no estrangeiro como em Portugal.
Vítima da crise angolana
A DRI acabou por ser vítima da crise angolana, apesar de ter tentado reduzir a exposição ao mercado de Angola, de acordo uma fonte ligada à empresa. A evolução no sentido da falência acelerou em Maio de 2015, quando a empresa revelava ter sido distinguida como PME Excelência pelo IAPMEI.
Na mesma altura, a norte-americana SugarCRM reconhecia o trabalho desenvolvido pela DRI, na implantação da tecnologia Sugar na Europa. Em Fevereiro do corrente ano, a empresa portuguesa obteve o estatuto “Ellite Partner” do fornecedor sedeado nos EUA.
*Actualizada e corrigida com mais informação sobre o processo de constituição da Driven – não houve cedência de activos – e acerca de potenciais sinergias, associadas à sua entrada no grupo e.Gen Ventures.