É muito difícil obter uma plataforma informática, considerou o secretário de Estado da Justiça, Carlos Sousa Mendes.
Há necessidade de as unidades de compras ministeriais terem um serviço de consultoria em TIC, defendeu o secretário de Estado da Justiça, Carlos Sousa Mendes. Num evento organizado pela ESPAP na semana passada, o governante justificou que essa utilidade se deve sobretudo à dificuldade de obter e implantar uma plataforma informática.
Mesmo assim, o responsável recusa conformar-se à ideia de que “80% dos projectos de TIC são para deitar fora”. E revelou estar a ser pensada a adopção de novas aplicações no Ministério da Justiça, para um acompanhamento e gestão mais eficazes de processos.
A medida é vista como uma oportunidade e a adopção das novas tecnologias incidirá sobre a agregação, o acompanhamento dos contratos e os procedimentos. Uma ferramenta, agora em falta, focará os desafios de monitorização e a “avaliação de contratos”.
Um outro elemento da unidade ministerial da Justiça é a “fraca gestão da informação sobre o processo logístico”. Sousa Mendes apontou ainda que existe demasiado trabalho manual e falta de automatismos.
Assim, o governante defendeu como papel da inovação no seu ministério a criação de uma ferramenta informática capaz de garantir a gestão integrada dos processos da unidade: desde o levantamento de necessidades até à facturação, sendo também capaz de produzir informação de gestão.
Adjudicações e poupanças em TIC da Unidade de Compras Ministerial da Justiça, entre 2005 e 2014:
‒ Software: adjudicados 22,5 milhões de euros/poupados 470 mil euros;
‒ Equipamentos informáticos: 17,9 milhões/4,1 milhões;
‒ Comunicações: 3 milhões/3,4 milhões
‒ Consultoria em software: 7 mil/2,9 mil;
‒ Sistemas de videoconferência directa: 779,5 mil/651 mil;
‒ Telefones IP: 1,9 milhões/357,7 mil.