Acção com a Microsoft colocará equipamentos em condições especiais de aquisição. Será uma das apostas para o negócio da empresa crescer em Portugal.
A Lenovo quer atingir uma quota total de mercado de 20%, em unidades vendidas de PC, no final de 2015 em Portugal, assumiu o director-geral para a operação portuguesa, Alberto Ruano. Em declarações ao Computerworld, o executivo revelou que uma aposta específica no sector da educação será um dos factores para atingir esse objectivo.
Este implica evoluir de uma fatia próxima dos 9,5% neste segmento, de acordo com números preliminares da IDC para o primeiro trimestre do ano. De acordo com valores citados pelos responsáveis do fabricante, no sector empresarial, a quota da empresa chinesa atingiu os 9,9%, enquanto no doméstico não passou dos 9%.
Neste cenário, Ruano quer investir num programa de oferta de equipamento, em condições especiais de aquisição para as escolas. A iniciativa deverá arrancar em Setembro, tendo como parceira a Microsoft.
O responsável não adiantou mais pormenores, apenas que o fabricante de hardware também financiará o projecto. Outro factor de crescimento será a aposta no mercado de infra-estruturas ‒ a Lenovo comprou o negócio de servidores de arquitectura x86 da IBM ‒ com “bons serviços pós-venda”.
A estratégia de Ruano para Portugal envolve que a empresa ganhe mais “estatuto” como marca de tecnologia no país, como caminho para a obtenção de maior quota de mercado. Na perspectiva do executivo, a parcela da operação portuguesa no volume de negócios da empresa à escala ibérica é demasiado pequena, tendo ficado nos 12%.
A operação portuguesa funciona com oito pessoas e só deverá ser reforçada quando a Lenovo for o segundo maior fabricante no mercado português.
Como o mercado de TIC de Portugal representa 20 a 25% do mesmo universo ibérico, o director-geral exige uma facturação consentânea com essa realidade. Contudo, o investimento em recursos humanos parece, para já, estar em suspenso.
A operação portuguesa funciona com oito pessoas e apenas quando atingir o objectivo de representar o segundo maior fabricante em quota, no mercado português, será reforçada.
Isso implica estar entre os primeiros três no mercado doméstico, sendo agora o quarto, e ser o segundo maior no segmento empresarial. Nessa altura, o número de trabalhadores deverá “duplicar”, para suportar o crescimento do negócio.
Aposta nos tablets é para manter
O director de negócio da Lenovo, para o segmento de consumo, Carlos Cunha, admitiu que o mercado de tablets em Portugal é difícil, mas garantiu a presença da oferta do fabricante, tanto baseada no sistema operativo Android como em Windows.
Durante Setembro, o portefólio de equipamentos para o mercado português passará a incluir PCs em formato “all-in-one”, centrados em torno do ecrã, mas com estrutura modular.