O seu impacto é discutível, mas podem tornar-se uma ferramenta útil para os canais de distribuição no sector segurador.
É pouco consensual que o surgimento de plataformas de agregação de ofertas de seguros tenha um impacto relevante no mercado português do sector segurador, defendeu Manuel Leiria, director do Gabinete de Estudos e Projectos da Açoreana Seguros, no recente evento “Insurance 2015”.
O preço médio dos prémios já é demasiado baixo para haver um efeito significativo ou existir oportunidade de negócio, na diferenciação extrema pelo preço. Mas Jorge Conceição e Silva, CFO da João Mata Corretores de Seguros, não concorda.
Para este executivo, o mercado português é particularmente sensível a esse factor, havendo casos de mudança de fornecedor por diferenças de cinco euros. E se não for por isso, aquele tipo de agente pode tornar-se uma ferramenta interessante para outros intervenientes, como os mediadores.
Defende, assim, que as seguradoras se apliquem no seu posicionamento, dentro do portefólio dos agregadores. As condições de acesso à informação sobre os produtos não são iguais, alerta.
Para quem quiser usá-los como instrumentos para obter os preços mais adequados, lembra que haverá a necessidade instalar suporte a essa utilização nos canais de distribuição. O CFO considera ainda que o grande desafio das seguradoras é combaterem a percepção de que os seguros são “comodities”.