Nokia e Alcatel-Lucent confirmam fusão

O negócio será concretizado por 15, 6 mil milhões de euros, em ofertas públicas a realizar nos EUA e França. A empresa resultante chamar-se-á Nokia.

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Rajeev Suri, CEO da Nokia

 

A Nokia anunciou ter assinado um memorando de entendimento para adquirir a francesa Alcatel-Lucent, num acordo que coloca o valor do seguundo fabricante em 15,6 mil milhões de euros. A empresa de origem finlandesa está a considerar uma possível alienação do seu negócio de mapeamento e navegação, Here.

A operação para a fusão será feita com base numa oferta pública de compra sobre todos os valores mobiliários da Alcatel-Lucent, em França e nos EUA. Após o negócio, os accionistas da Nokia deverão deter 66,5% do capital da empresa combinada, enquanto os investidores da Alcatel-Lucent ficarão com 33,5%.

A organização resultante será denominada Nokia Corporation, com sede na Finlândia e uma forte presença em França, onde ficarão situadas instalações-chave de negócios e centros de investigação e desenvolvimento. O actual CEO da Nokia, Rajeev Suri, deverá manter a sua posição e Risto Siilasmaa, actual presidente da Nokia, também permanecerá no cargo.

Os conselhos de administração já concordaram com a fusão, cuja conclusão está prevista para o primeiro semestre do próximo ano. Alcatel-Lucent e Nokia têm carteiras e geografias complementares, com pontos fortes nos EUA, China, Europa e Ásia-Pacífico, consideram as empresas.

O fornecedor resultante terá algumas linhas de produtos sobrepostas em áreas como a banda larga móvel e no segmento de “small cells”, diz Mark Newman (Ovum).

Juntando as vendas líquidas das duas, o valor ascende a quase 26 mil milhões de euros, para o ano fiscal de 2014. Apesar da dimensão e potencial obtidos, o fornecedor resultante terá algumas linhas de produtos sobrepostas em áreas como a banda larga móvel e no segmento de “small cells”, avisa Mark Newman, director de pesquisa sobre telecomunicações da Ovum.

Manter linhas de produtos paralelas e prestar serviços aos clientes pode contrariar os benefícios de obtenção de maior escala. Contudo, tentativas mais profundas de racionalização serão difíceis, e lidar com as leis laborais francesas, podem colocar limitações sobre os objectivos da Nokia nesta área, considera Newman.




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