Portugal representa 25% do volume de negócios da IFS Ibérica, que cresceu 30% no ano passado – um crescimento que pretende repetir em 2015.
A IFS registou no mercado ibérico um crescimento consolidado de 30%, mais do que o obtido globalmente pela empresa, com Portugal a representar 25% do volume de negócios da IFS Ibérica, revela Gustavo Brito, Managing Director da IFS Ibérica.
A empresa teve no ano passado um EBITDA de cerca de 38 milhões de euros, representando um aumento homólogo de 9 milhões.
Para 2015, e com o lançamento da nova versão da IFS Applications, quer crescer em Portugal mais de 30% e continuar a desenvolver o ecossistema de parceiros iniciado em 2014.
Computerworld – Como correu o ano de 2014 para a IFS?
Gustavo Brito – O mercado ibérico (Portugal e Espanha) registou um crescimento consolidado de 30%, mais rápido do que o registado globalmente pela companhia.
Em Portugal, onde estamos presentes desde 2001, o crescimento deve-se à aposta estratégica efectuada por clientes como a Sogepoc, a Oliveira & Irmão, a Vitacress e a Bial Group, que ao apostarem no crescimento da sua parceria tecnológica com a IFS, conferiram à solução de gestão de negócio IFS Applications uma maior notoriedade e relevância no mercado.
Confirmando a liderança tecnológica que a IFS tem nos mercados em que opera, o ano de 2014 foi também extremamente positivo, uma vez que a empresa foi reconhecida como líder dos Quadrantes Mágicos da Gartner nas categorias de Field Service Management e ERP. A nível financeiro, o volume de negócios da empresa cresceu cerca de 9%, nas suas diferentes vertentes – licenças, manutenção e projectos de consultoria.
CW – O crescimento global e por áreas foi satisfatório para a empresa, quando só cresceu 11% em manutenção e consultoria e 1% nas licenças?
GB – Há várias formas de analisar os números apresentados, que ficaram muito próximo dos dois dígitos, o que é muito bom em mercados maduros como aquele em que a IFS se posiciona. Num primeiro aspecto, referiria que o crescimento registado foi superior ao do mercado global, o que significa que a IFS representa uma fatia crescente do mercado global de soluções de gestão.
Uma outra perspectiva importante prende-se com o crescimento mais fraco do número de licenças vendidas, que registou o efeito negativo associado ao adiar de alguns negócios, que se irão refletir este ano.
Queria ainda realçar que este ano que findou, a IFS registou um EBITDA de cerca de 38 milhões de euros um aumento de 9 milhões face ao período homólogo. Ou seja, os indicadores globais da IFS foram positivos para 2014 e, tudo indica que, com os novos ciclos de renovação associados ao lançamento da próxima versão do IFS Applications, esse ciclo de crescimento irá acelerar.
CW – A IFS teve um crescimento de 9%, em termos globais, em 2014. Previa um crescimento de 30% para Portugal e Espanha. Qual foi o valor/percentagem para o ano em Portugal?
GB – O crescimento registado em Portugal esteve em linha com o previsto, uma clara demonstração do potencial que existe para a IFS nos sectores em que actua e onde é considerada uma solução líder. A IFS Ibérica cumpriu com as espectativas e cresceu 30% em 2014. Esperamos que 2015, a exemplo do ano passado, nos permita continuar a crescer de forma sustentada e contínua em Portugal.
CW – Como se comportaram as diferentes áreas da IFS – licenças, manutenção e consultoria – em Portugal?
GB – O licenciamento tem vindo a crescer de forma sustentada, alicerçado num conjunto sólido de projectos e clientes que nos permite encarar com optimismo as perspectivas de crescimento para este ano, em que iremos lançar a nova suite IFS Applications 9.
O facto de o licenciamento não ter registado um crescimento global mais rápido no ano passado prende-se com algumas decisões de compra que transitaram, pelo que este ano esperamos ter valores muito interessantes também no crescimento de licenças.
Em Portugal, a IFS tem vindo a crescer nas áreas industriais e esperamos ganhar novos clientes, num contexto em que os ciclos de decisão na aquisição de software de gestão são longos. A manutenção é uma área que tem tido uma evolução positiva, associada ao crescimento dos clientes que a IFS tem em Portugal. Além de termos renovado com a a Bial e Oliveira & Irmãos, através da implementação da nova versão da IFS Applications, conquistámos a Sogepoc, um dos maiores produtores de pasta de tomate a nível mundial e isto é algo que nos deixa extremamente satisfeitos.
Por fim, a consultoria é uma área em que temos apostado também em Portugal, e que esperamos continue a crescer em simultâneo com a evolução dos nossos clientes. As empresas procuram muitas vezes serviços de consultoria para perceber o que o mercado lhes pode oferecer, e em que condições. Esperamos, a exemplo do referido anteriormente para as licenças, aumentar este valor, e para isso vamos continuar a apostar no desenvolvimento da nossa rede de parceiros (o ecossistema IFS) e no investimento em Portugal como mercado com um bom potencial de crescimento para as soluções IFS.
CW – Qual o peso de Portugal no negócio da IFS Ibérica?
GB – Portugal representa já 25% do volume de negócios da IFS Ibérica, o que nos deixa extremamente satisfeitos e mostra que a aposta efetuada em 2001 no mercado nacional tem vindo a dar passos seguros no sentido da consolidação da presença nacional da empresa.
CW – Em Abril passado, a empresa tinha 15 clientes em Portugal. Que outros negócios fecharam ou estão para contratualizar em Portugal?
GB – A empresa tem vindo a crescer de forma estruturada, e os 15 clientes com que trabalhamos em Portugal, são reflexo dessa mesma política, estratégia e posicionamento.
Todos os clientes com que a IFS trabalha são clientes com quem desenvolvemos uma relação de parceria e de proximidade que os leva a manter a relação com a empresa a longo prazo. Medimos o nosso sucesso pela nossa capacidade de encontrar a melhor solução para cada um dos nossos clientes, que lhes permita responder aos seus principais desafios de negócio. Posso confirmar que temos alguns “prospects” em curso, no entanto não podemos deslindar muito mais informação do que a que já disponibilizámos até ao momento.
No final de 2014 conseguimos ganhar a confiança da Sogepoc e a implementação da solução IFS Applications tem vindo a correr bem. Esperamos ter mais novidades para comunicar este ano, mas não podemos para já adiantar mais detalhes.
CW – O caso da Oliveira & Irmão foi considerado “muito relevante” por demonstrar que a oferta da IFS é adequada a um “tipo de empresas industriais que caracterizam o mercado português”. Conseguiram novos contratos neste tipo de empresas?
GB – O tecido empresarial português na área industrial detém empresas que são referência, quer pela qualidade dos seus produtos quer pela liderança nos respectivos mercados, sendo habitualmente empresas de média dimensão. Ora, a IFS é considerada empresa líder pela Gartner, nos seus quadrantes mágicos, para soluções de gestão “single-instance”.
Este é um espaço em que a IFS tem fortes competências, com a vantagem de a solução poder facilmente expandir-se para acomodar o crescimento das operações. Aliás, o crescimento verificado na Oliveira & Irmão é um exemplo de que a nossa solução é adequada para todo o tipo de negócios, acompanhando-os nos seus processos de crescimento.
CW – Em Outubro de 2014, dizia querer aumentar o número de parceiros em Portugal. Qual foi o resultado, até ao momento, da criação desse “ecossistema”?
GB – A IFS encontra-se activamente a identificar parceiros que sejam adequados para o mercado e as especificidades da sua oferta. Ainda não temos novidades, mas esperamos até meados do ano ter conseguido estabelecer algumas parcerias de relevo em Portugal.
O que esperamos, mais que angariar muitos parceiros, é criar um ecossistema que seja valioso tanto para as empresas que nele operam mas também para que todos os nossos clientes tenham acesso facilitado ao conhecimento das equipas e das soluções da IFS e assim aumentar a divulgação da solução junto dos nossos potenciais clientes.
CW – Houve algum impacto do acordo com a Telvent no mercado português?
GB – O objetivo era permitir aos nossos atuais e futuros clientes a possibilidade de poder utilizar as capacidades de infraestrutura e cloud da Telvent no mercado local e mundial.
CW – Quando será lançada a nova versão do IFS Applications?
GB – A nova versão do IFS Applications tem lançamento previsto para Maio de 2015. Enviaremos informação sobre as novidades que incorpora a nova versão a partir de 5 de Maio, após o lançamento na nossa conferência mundial em Boston, nos Estados Unidos.
CW – Quais as expectativas da empresa para 2015, em Portugal e em termos globais?
GB – A empresa tem como objectivo continuar a crescer de forma sólida e contínua, à semelhança do que tem feito a nível internacional. Esperamos consolidar a IFS em Portugal através do lançamento da nova versão da IFS Applications, crescendo mais de 30% neste mercado à semelhança de 2014 e desenvolvendo o ecossistema de parceiros que iniciámos em 2014.
Cada vez mais notamos que o produto está ganhando visibilidade e provando ser uma real alternativa, moderna e inteligente, comparada às outras soluções conhecidas pelo mercado. Por isso, estamos convencidos que seguiremos crescendo acima da média do mercado nos próximos anos tanto em Portugal como globalmente.