O prazo, para a apresentação de opções de browsers no sistema operativo, terminou na última quarta-feira: o principal queixoso no processo não parece ter beneficiado das medidas anti-monopolistas. Mas o ambiente concorrencial ficou melhor, segundo a comissão.
A Microsoft deixou de apresentar uma página para ajudar os clientes a escolherem o browser para usarem com os seus sistemas operativos. Este auxílio foi uma exigência da União Europeia com o intuito de corrigir uma prática monopolista, de favorecimento do Internet Explorer, e promover a concorrência no segmento dos browsers.
A empresa que desencadeou o processo, a Opera, parece ter sido aquela a obter menos benefícios da medida em vigor há cinco anos. Mas a Comissão Europeia diz estar satisfeita com os resultados gerais.
O objectivo do organismo em impor a medida era dar a outros fabricantes mais oportunidades. A página procurava ajudar os utilziadores a escolherem entre o Apple Safari, Google Chrome, Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox e a Opera, além de outros sete mediante o movimento do cursor: AOL, Maxthon, K-Meleon, Flock, Avant Browser, Sleipnir e Slim Browser .
A lista era revista a cada seis meses e nos últimos momentos sugeria o Chrome, o Internet Explorer, o Firefox, o Opera, o Maxthon, o SRWare Iron, o Sleipnir, o Lunascape, o K-Meleon e o Dragan, da Comodo. A paisagem europeia mudou mesmo desde 2009, no segmento dos browsers.
A fatia da Opera Software era de 4,5% em Dezembro de 2009 e actualmente está nos 2,6% dizem os números da StatCounter
O Chrome, da Google, é de longe aquele mais usado na Europa, com uma quota de cerca de 48%, em Dezembro, de acordo com a Web StatCounter. A utilização do Internet Explorer tem diminuído constantemente e o browser da Microsoft tem agora uma quota de 17%, menos até do que a participação do Firefox, também em declínio desde a introdução da página e agora com 25% do mercado.
A fatia da Opera Software era de 4,5% em Dezembro de 2009 e actualmente está nos 2,6% dizem os números da StatCounter. A Comissão considera que as medidas restabeleceram condições de concorrência no segmento. “A página de escolha de navegador foi bem sucedida”, declarou um porta-voz do organismo.
Foi vista 795 milhões de vezes e 165 milhões de browsers foram instalados através dela. A Microsoft escusa-se a fornecer dados específicos sobre a utilização da página.