Oi deve reunir a 28 de Novembro, após Semapa se aliar a fundos para PT Portugal, Isabel dos Santos não alterar valor da OPA e NOS criticar accionistas da PT.
A Semapa, de Pedro Queiroz Pereira, informou esta quinta-feira a CMVM de ter estabelecido, a 26 de Novembro, um memorando de entendimento para participar, com os fundos de investimento representados pela Apax Partners e pela Bain Capital Europe, na aquisição da totalidade do capital da PT Portugal. Estes fundos serão suportados em 70% por empréstimos do consórcio de bancos Barclays, Merrill Lynch e UBS.
O CFO da Semapa, José Miguel Paredes, afirmou à Bloomberg que a compra da PT Portugal “faz sentido” e é uma “boa aposta”, tanto mais que não precisará de vender activos ou aumentar a sua dívida. A participação, diz ainda a empresa no comunicado à CMVM, deverá situar-se entre os cinco e os 10%.
A apresentação de propostas vinculativas para a aquisição da PT à Oi está agendada para esta sexta-feira, 28 de Novembro, quando o conselho de administração da operadora brasileira se deve reunir. Isto quando os CTT se desinteressaram do processo e a italiana TIM declarou querer associar-se com a Oi, por fusão ou aquisição.
Já Isabel dos Santos mostra-se irredutível no preço oferecido para a PT SGPS e notificou a Autoridade da Concorrência da oferta pública de aquisição (OPA). Segundo o Negócios, a empresária “considera que o valor de 1,35 euros por acção que oferece pela PT SGPS aos accionistas da empresa já contempla um prémio de 17% e eventuais movimentos de consolidação no Brasil”.
Entretanto, a sua empresa Terra Peregrin antecipou para esta sexta-feira o “projecto de anúncio de lançamento de OPA sobre a PT SGPS, assim como a entrega do projecto de prospecto”. Em causa, diz o Económico, “está, entre outros pontos, a condição da OPA só ser lançada se a Oi não vender activos estratégicos – como a PT Portugal, que tem duas propostas de compra em cima da mesa”.
Por seu lado, o presidente da NOS, Miguel Almeida, afirma em entrevista à revista Exame que a operadora “está pronta para ser a nova PT” e “defende que isso já está inclusive a acontecer, uma vez que a empresa presta desde Junho o serviço público universal”.
Miguel Almeida afirma ainda “que não consegue imaginar piores acionistas para a PT do que aqueles que a empresa teve nos últimos anos”. Segundo a citação, “não consigo imaginar um novo acionista para a PT que seja pior do que a combinação de acionistas que a PT teve até há pouco tempo, nomeadamente os que tinham uma posição de controlo. Veja-se o que aconteceu à PT? Podia ser pior?”