Em comunicado, acreditam que factos “deverão ficar em breve clarificados”.
Hugo Tavares e Paulo Queirós enviaram esta terça-feira um comunicado à agência Lusa onde referem “danos indescritíveis” devido às notícias em que são identificados como os principais responsáveis pelos problemas do projecto Mapa Judiciário – Citius.
Segundo o Expresso, o comunicado de “defesa pública” revela que os “pormenores” do caso “deverão ficar em breve clarificados” e afirmam ter executado no Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) “em coordenação com as demais entidades e responsáveis do IGFEJ o que lhes foi pedido e ordenado, para concretização das mudanças necessárias”, num prazo “até aos primeiros dias de Setembro” e em condições julgadas “mais do que suficientes”.
Hugo Tavares (desde 2008) e Paulo Queirós (desde 2013) foram destacados e eram, respectivamente, director e coordenador do Departamento de Arquitectura de Sistemas, segundo a Rádio Renascença. Segundo eles, “a forma como o projecto foi levado a cabo encontra-se profusamente informada e documentada no Ministério da Justiça, cujos responsáveis, não duvidamos, fornecerão a totalidade da documentação nos processos que desencadearam e noutros que poderão vir a ter lugar”.
E consideram ainda que os factos “deverão ficar em breve clarificados por via da divulgação dos resultados dos inquéritos em curso, para cuja celeridade se desencadearão todos os mecanismos ao dispor, de forma a que os meios de execução de justiça agora em curso não possam ser usados como instrumentos de política menor, mais do que até aqui já o foram”.
Recorde-se que o Citius, que estava obrigado a segmentar os processos judiciais a três megabytes, já tinha problemas detectados antes de 1 de Setembro passado, quando ocorreu a entrada em vigor da nova reorganização judiciária.
(actualização a 11 de Novembro: o Ministério Público arquivou o caso, alegando “não existirem indícios do crime de sabotagem informática e por não terem sido apurados indícios suficientes quanto ao crime de coação”. Mas o Ministério da Justiça anunciou em comunicado ter aberto um processo disciplicar aos dois funcionários e que “o despacho de arquivamento refere expressamente que os factos descritos no relatório não revelavam, mas não excluíam, a ocorrência de ilícito”.)
Primeiro, é preciso saber quais as qualificações para serem classificados como “informáticos”, não o são, pois não têm formação académica ou profissional para tal. Segundo quem foi responsável pela escolha destes individuos para lugares para as quais não tinham qualificações, essa é a questão mais importante?