As credenciais online, como nome de utilizador e password, são agora mais valiosas do que os dados dos cartões de pagamento.
O volume negociado de dados roubados por criminosos atingiu os 110 milhões este ano, sendo esmagadoramente credenciais online como nomes de utilizador e passwords, estimou a agência de crédito Experian usando o seu próprio sistema de monitoramento da Web.
Pode não parecer uma grande quantidade de dados, considerando que muitas das grandes violações de dados divulgadas no ano passado igualam facilmente essa quantidade de dados – só a Adobe teve 152 milhões de registos comprometidos, por exemplo.
No entanto, a partir da apreciação global dos dados negociados e não simplesmente roubados, pode-se inferir que os dados negociado são o material que vale a pena vender.
Em 2012, a Experian constatou que estes ascenderam a 27,5 milhões de dados, que em 2013 aumentou para quase 80 milhões, antes de crescerem mais de 40%, para 110 milhões, durante 2014.
Desse total de dados, cerca de 97% está relacionado com credenciais online, sendo o restante composto de números de cartões de crédito e de débito.
Na interpretação da Experian, as credenciais são potencialmente mais valiosas, pois permitem a possibilidade de comprometer várias contas (incluindo as bancárias), enquanto que um número de cartão está vinculado a uma conta com uma pequena janela de oportunidade.
Citando números do Ponemon Institute, o valor negociado de um cartão de crédito é agora de 1 dólar, enquanto as contas online a funcionar valem 5,60 dólares, disse a Experian.
A Experian vende serviços a acompanhar os relatórios de crédito como forma de detectar a actividade fraudulenta e roubo de identidade.
Em Abril deste ano, a subsidiária norte-americana da empresa foi investigada por uma aparente violação de dados, após uma acusação de acesso ilegítimo a 200 milhões de registos.