Bancos vêem Apple e Google como ameaças

As redes P2P, de empréstimo de dinheiro, também são uma preocupação crescente.

bancos-dinheiroOs bancos estão a assumir cada vez mais que empresas avançadas tecnologicamente como a Apple, a Google e a Amazon, são factores de ameaça aos seus negócios, revela um inquérito a 198 banqueiros séniores. Um estudo do fornecedor de software Temenos mostra que 23% dos entrevistados notam que a sua concorrência mais significativa vem de fora do sector financeiro tradicional. O valor cresceu 18% em 2013, e 11% no ano anterior.

Uma série de empresas de tecnologia têm demonstrado o desejo de oferecer algum tipo de serviço financeiro, predominantemente em torno dos pagamentos. Isto inclui o lançamento do Google Wallet, nos EUA, em 2011, enquanto a Apple lançou este ano o serviço ApplePay, a Facebook indicou que poderá oferecer um serviço de pagamentos na Europa, e o Twitter quer ter pagamentos associado a um banco francês.

A concorrência com os agentes não tradicionais está a ser impulsionada pela crescente digitalização dos serviços no sector dos serviços financeiros, de acordo com o autor do estudo, Ben Robinson. “Claramente, a digitalização rápida, em conjunto com outros factores ‒ como a diminuição da lealdade do cliente e as mudanças transformadoras da tecnologia ‒ estão a abrir o sector a esses fornecedores de tecnologia, cujos modelos modelos de negócios se baseiam na capacidade de transformar grandes quantidades de dados de clientes, em perspectivas significativas sobre os clientes”, diz no estudo.

Além das grandes empresas de tecnologia, os bancos também vêem as plataformas peer-to-peer (P2P) de empréstimo de dinheiro como concorrentes. É uma área que tem atraído um número significativo de startups de tecnologia financeira, como o Lending Club ou o Funding Circle.

Este foi citado como o maior desafio por 19% dos inquiridos. Ao mesmo tempo, os bancos estão cada vez menos preocupados com os rivais mais tradicionais: as grandes instituições de crédito foram citadas por 20%, enquanto os novos bancos foram referidos por 17%.

Os supermercados com serviços financeiros mereceram referência por 7%. Todos estes valores são mais baixos do que no ano anterior.

No entanto, os grandes bancos atrapalhados ​por sistemas de TI legados precisam de resolver ainda as iniciativas de concorrentes mais ágeis no interior do sector das finanças, alertou Robinson.




Deixe um comentário

O seu email não será publicado