Há startups nas unidades das organizações

No âmbito mundial, 38% dos gastos totais em TI estão fora do departamento tradicional e em 2017 a percentagem deverá suplantar os 50%, estima a Gartner. O tipo de recursos humanos procurados também está a mudar.

Peter Sondergaard Gartner_Research

Peter Sondergaard, vice-presidente da Gartner Research

Os CIO precisam de acarinhar as startups de tecnologia a surgirem dentro das suas organizações, conforme a procura de tecnologia e controlo sobre as mesmas, mudam do departamento de TI para as unidades de negócios digitais, mais próximas do cliente.

É uma das principais mensagens lançadas por Peter Sondergaard, vice-presidente sénior e chefe global de pesquisa da Gartner, durante o Symposium/ITxpo, nos EUA. Segundo o mesmo, 38% dos gastos totais de TI já está fora da referida unidade, com um valor desproporcional investido nos formatos digitais, afirmou Sondergaard.

Em 2017, a percentegem será mais de 50%, prevê. “As startups digitais estão dentro das organizações, nos departamentos de marketing, de recursos humanos, na logística e nas vendas. As unidades de negócio estão a agir como startups de tecnologia”, disse ele.

A Gartner define negócio digital como os novos projectos nos quais se misturam os mundos virtuais e físicos, mudando a forma como os processos e as indústrias funcionam através da Internet das coisas.

Unidades de negócios estão a contratar mais rapidamente do que o departmento de TI

Sondergaard diz que as novas “startups digitais” dentro das organizações carecem de analistas de dados, programadores de software e pessoas para a gestão de fornecedores de cloud computing. Muitas vezes estão a contratá-los mais rapidamente do que o departamento de TI.

“Podem estar já a fazer experiências com máquinas inteligentes, procurando competências em tecnologia que o departamento de TI muitas vezes não tem”, revela.

Nos próximos sete anos haverá novos cargos 

“É necessário desenvolver agora talentos para a organização digital de 2020”, disse dirigindo-se aos CIO. As empresas estão a precisar de competências em tecnologias de mobilidade, experiência do utilizador e ciências de dados. E daqui a três anos, os CIO terão de contratar pessoas nas áreas de máquinas inteligentes, robótica, julgamento automatizado e ética.

Ao longo dos próximos sete anos, haverá um aumento em novos cargos, com especialização, em áreas com a integração, arquitectura de negócios digitais, análise de regulações e incluindo profissionais de risco, segunda a Gartner.




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