Representantes dos EUA no país europeu foram incapazes de responder às questões do governo alemão sobre acções de espionagem da NSA sobre cidadãos germânicos.
A Alemanha convidou o chefe dos serviços de inteligência dos EUA no país europeu, um oficial da CIA, a deixar território germânico, na sequência de revelações sobre a vigilância da National Security Agency (NSA). O desenlace terá a ver também com a descoberta de dois casos em que os norte-americanos recrutaram, supostamente, alemães como seus espiões.
O pedido foi feito depois de, durante meses, dúvidas sobre as actividades dos serviços de inteligência dos EUA na Alemanha terem ficado sem resposta, justifica o governo federal alemão, num comunicado. O mesmo anuncia a criação de uma comissão parlamentar para investigar as operações de inteligência dos norte-americanos em território germânico.
A 2 de Julho, um funcionário da agência de inteligência alemã Bundesnachrichtendienst (BND) foi preso, sob suspeita de passar informações aos serviços de inteligência russos. Terá também recebido dinheiro para passar informações a um contacto dos EUA, segundo algumas reportagens.
A informação incluiu detalhes sobre a investigação parlamentar focada na espionagem dos EUA, de acordo com órgãos de informação alemães. As autoridades apenas confirmaram a prisão.
Na sequência dessa prisão, aquelas confirmaram que também realizaram investidas no contexto de um segundo caso, para investigar a possibilidade de um homem não identificado ter-se envolvido em acções de espionagem. As notícias na Alemanha citam fontes do governo, para revelarem que o homem não identificado trabalhou no departamento político do Ministério da Defesa e é suspeito de passar informações aos serviços de inteligência militar americanos.