Propostas europeias para estimular o potencial dos grandes volumes de dados.
A Comissão Europeia apelou esta quarta-feira aos governos nacionais para “despertarem” para a “revolução” do Big Data, ou grandes volumes de dados.
“É altura de nos concentrarmos nos aspectos positivos dos grandes volumes de dados”, referiu a vice-presidente da Comissão, NeelieKroes, notando que “parecem ser algo de negativo e assustador, mas no essencial não o são. Os dirigentes políticos devem aderir aos grandes volumes de dados”, disse.
A Comissão revelou uma lista com os principais problemas identificados nas consultas públicas sobre Big Data:
– falta de coordenação transnacional;
– infraestruturas e oportunidades de financiamento insuficientes;
– carência de peritos em dados e competências afins;
– quadro jurídico fragmentado e demasiado complexo.
Em termos de principais acções concretas propostas, a Comissão quer:
– instituir uma parceria público-privada no domínio dos grandes volumes de dados que financie «ideias inovadoras» a nível dos grandes volumes de dados, em domínios como a medicina personalizada e a logística alimentar;
– criar um viveiro de dados abertos (no contexto do Programa-Quadro Horizonte 2020), para ajudar as PME a estabelecer cadeias de abastecimento com base em dados e a utilizar mais os serviços de computação em nuvem;
– propor novas regras em matéria de “propriedade dos dados” e responsabilidade pelo fornecimento de dados para os dados recolhidos através da Internet das coisas (comunicação máquina a máquina);
– efectuar um levantamento das normas de dados, identificando potenciais lacunas;
– estabelecer uma série de centros de excelência de supercomputação para aumentar o número de trabalhadores qualificados no domínio dos dados na Europa;
– criar uma rede de instalações de tratamento de dados nos diferentes Estados‑Membros.
Em termos de acções que a Comissão pretende manter ou intensificar, contam-se:
– expansão do investimento em tecnologia 5G através de acordos internacionais, como o celebrado em Junho entre a Comissão Europeia e a Coreia do Sul;
– grande coligação para a criação de emprego na área digital, e a iniciativa Abrir a educação destinada a colmatar lacunas em matéria de qualificações;
– orientações sobre as melhores práticas para as autoridades públicas e dados abertos.