O investimento público de Portugal para investigação em TIC caiu mais de dez milhões entre 2009 e 2012. Com o Horizon 2020, Neeli Kroes encoraja os Estados a investirem para criar os empregos do futuro.
A vice-presidente da Comissão Europeia, responsável pela Agenda Digital, na União Europeia (UE), Neelie Kroes, quer que haja maior investimento público em investigação e desenvolvimento no sector das TIC. Os últimos números disponíveis para esse indicador, em Portugal, revelam uma queda progressiva desde 2009, de 34 milhões de euros para 23 milhões, em 2012.
“O financiamento público em investigação e desenvolvimento digital está por trás de muitas das grandes tecnologias que nós tomamos hoje por garantidas. Ajudar os investigadores a desenvolverem as suas melhores ideias traduz-se em novos produtos, serviços, e postos de trabalho”, defende a comissária
Ao longo dos próximos sete anos, através do programa Horizonte 2020, a Comissão tenciona investir mais de 13 mil milhões de euros em investigação na área de TIC. “Encorajo os Estados-membros a intensificarem os seus esforços para garantir nossos empregos do futuro”, afirmou Kroes.
Entre 2007 e 2013, os projectos co-financiados pela UE em Portugal no domínio das TIC, atingiram um total acumulado de 107 milhões de euros, segundo dados da Comissão.
Em 2013, as organizações de ensino e investigação participaram em 62 % do financiamento, abaixo da média da UE (66%).
Já a participação das empresas esteve 5% acima, chegando aos 34%. Cerca de 15% do total do financiamento foi para as grandes empresas e 18% para as PME, valor que caiu 6%. Em regra, a participação portuguesa no financiamento de projectos é maior nas áreas de redes futuras e Internet, sistemas cognitivos e robótica, e tecnologias emergentes.
Um total de 137 organizações portuguesas participou em 278 projectos e coordenou 29, segundo os dados da Comissão. A Alemanha liderou o grupo dos quatro países que mais investiram com 1,2 mil milhões de euros em 2012, seguindo-se o Reino Unido, com 690 milhões , Espanha, 600 milhões, e a Suécia, com 550 milhões.