Em detrimento do Windows, o fabricante de processadores prevê que 80 a 90% dos tablets fornecidos com chips seus vão usar o sistema operativo da Google.
A Intel confirmou uma maior distância na sua relação com a Microsoft: o fabricante de processadores está a tentar desesperadamente aumentar a sua quota no mercado de tablets, com o Windows a não corresponder, e o Android ganha preferência. A empresa tenta aproximar-se da ARM, a empresa britânica cujos processadores são usados na maioria dos tablets hoje, com Android e iOS da Apple.
A Intel prevê que os seus processadores sejam utilizados em 40 milhões de tablets este ano. Entre 80 a 90% terão o sistema operativo da Google, afirma o CEO do fabricante de chips, Brian Krzanich.
“A composição do conjunto de sistemas operativos com os quais trabalhamos reflecte muito bem o cenário do mercado”, considerou na apresentação de receitas trimestrais da Intel. A maioria dos tablets com processadores Intel e Android usam chips mais ultrapassados Medfield e Clover Trail.
Haverá mais tablets com o mesmo sistema e uma versão mais recente do processador Atom, chamada de Bay Trail, no final do presente trimestre. O primeiro tablet com esse chip baseado em Android, o DreamTab, foi anunciado em Janeiro, mas ainda não está a ser fornecido.
Isto não quer dizer que o fabricante de processadores esteja a abandonar o Windows – longe disso. Segue apenas a tendência do mercado. Krzanich espera que o Windows “cresça e ganhe força” no espaço da mobilidade.
Os 40 milhões de tablets suportados por chips da Intel a serem fornecidos durante este ano vão dar à empresa entre 15% a 20% do mercado de tablets, prevê a CFO da Intel, Stacy Smith. A fabricante forneceu cinco milhões de chips no primeiro trimestre, mas a receita do seu grupo de mobilidade e comunicações caiu 61%, em termos homólogos.
O crescimento será devido a iniciativas de subsídio e ao enfoque da empresa no mercado Android de baixa gama. Um dos lançamentos mais importantes da empresa está previsto para o final deste ano e é o processador para mobilidade, Sofia, com modem 3G integrado. Equipará smartphones e tablets com preço abaixo de 250 dólares, disse Krzanich, e no próximo ano terá um modem de comunicações de 4G.