Box candidata-se à bolsa e a 250 milhões de dólares

A empresa que gere o serviço de armazenamento e partilha online, e enfrenta startups como a Dropbox, ou gigantes como a Microsoft e a Google, teve piores prejuízos em 2013 e nem vislumbra ter lucros. Mas já conseguiu 300 milhões em capitais privados.

Aaron Levie_CEO da Box

Com  oito anos de vida, a Box, empresa que desafiou gigantes do sector do alojamento e partilha de ficheiros em cloud computing, vai tentar angariar 250 milhões de dólares com venda de acções da organização ao público. Sedeada em Los Altos, Califórnia , a empresa anunciou na segunda-feira que tinha apresentado uma declaração de registo à Securities and Exchange Commission, dos EUA: o objectivo é lançar uma oferta pública inicial de suas acções.

A organização reivindica ter 25 milhões de utilizadores registados, mas ressalva que tem vindo a perder dinheiro e não consegue prever quando terá lucro. A Box avança que obteve no ano fiscal terminado a 31 de Janeiro passado, a empresa teve uma receita de 124,2 milhões de dólares, um aumento anual de 111%. Mas a suas perdas líquidas atingiram também 168,6 milhões dólares, valor superior ao relativo a 2012: 112,6 milhões dólares.

A empresa alcançou popularidade crescente, com os ser seus serviços a poderem ser acedidos a partir de uma variedade de dispositivos, incluindo smartphones e tablets, oferecendo assim maior flexibilidade. “Provavelmente, a maior mudança na trajectória da Box foi a decisão de se concentrar exclusivamente em utilizadores do sector empresarial”, disse Rob Koplowitz, analista da Forrester Research.

“Essa decisão esclareceu o objectivo da empresa e permitiu-lhes ser muito directa e intencional na contratação e nos investimentos de tecnologia. A estratégia e plataforma na qual estão a investir vai definir o seu sucesso ou fracasso como fornecedores”, considerou.

No caderno do pedido de adesão, com cerca de 150 páginas, a empresa revela ter mais de 34 mil clientes pagantes no mercado empresarial, entre 25 milhões utilizadores registados. Os clientes dispostos a pagarem pelo serviço incluem mais de 40% das empresas da “Fortune 500” e 20%das empresas da lista “Global 2000”, de acordo com a Box.

A grande maioria dos seus utilizadores não paga, portanto. Em 31 de Janeiro, do corrente ano 93% dos seus 25 milhões de utilizadores estavam a usar o serviço gratuitamente. Os outros 7% usavam contas corporativas ou tinham pago para usarem a suas próprias contas pessoais, diz o caderno.

A empresa não a espera ser rentável no “futuro previsível “: quer incrementar o seu negócio e para isso terá de continuar a investir fortemente em vendas e marketing, infra-estrutura de centros de dados e serviços profissionais. Mesmo assim, já angariou mais de 300 milhões de dólares em financiamento de investidores privados.




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