A IDC fez uma revisão das suas projecções sobre a evolução do mercado mundial de PC e diz que as vendas unitárias deverão cair 6%. A Microsoft terá de lidar com um cenário difícil para fazer crescer as suas receitas ligadas ao Windows
O fornecimento de PC novos, a maioria deles equipados com sistema operativo Windows, vai diminuir mais em 2014 do que a IDC previa, alertou a consultora. Esta diz agora que a queda deverá chegar aos 6% em relação ao ano anterior, para cerca de 296 milhões de unidades.
Há três meses a regressão prevista era de 4%. No ano passado, o número de PC fornecidos caiu 10 % face a 2012, para perto de 315 milhões.
A IDC faz revisões trimestrais sobre as suas previsões, recorda Rajani Singh, analista da IDC. E nos últimos tempos as correcções têm sido para uma diminuição.
Durante 2013, tanto a IDC como a Gartner reviram as suas previsões várias vezes, nesse sentido. É o que o mercado pode esperar em 2014?
“Acho que esta contracção acabará por desaparecer”, disse Singh numa entrevista. “O mercado vai começar a mostrar alguma estabilização. Não estou eufórico, mas há sinais de uma recuperação [a partir das contracções constantes] “.
Mesmo assim, a consultora só prevê crescimento em 2018 e apenas nos mercados emergentes (ver quadro abaixo).
A Microsoft obtém uma grande parte da suas receitas, e uma percentagem ainda maior dos seus lucros, a partir do licenciamento do Windows para OEM ( fabricantes de equipamentos). Deverá ser impossível atingir o objectivo de tentar fazer crescer esse volume de negócios.
As vendas de PC para os mercados emergentes, outrora uma área de crescimento, deverão contrair-se ainda mais do que nos mercados maduros, como os dos EUA, da Europa Ocidental e do Japão, prevê a IDC. Essa será uma das principais causas da queda continuada.
Outros factores são as estimativas mais conservadoras de vendas de PC por toque no ecrã, a diminuição das expectativas sobre a substituição de máquinas equipadas com Windows XP, a conclusão de vários grandes projectos de grande escala, muitos liderados por governos em diversos países, e a erosão continuada provocada pela venda de smartphones e tablets.
