“Ambicionamos ter 40 a 50% de quota de mercado em Angola e Moçambique”

Reforçar a presença nos PALOP é um dos quatro objectivos da estrutura portuguesa da Verifone, liderada por João Girardi, o qual acredita na capacidade diferenciadora da oferta da empresa.

João Girardi coloca muitas das suas esperanças de negócio na oferta de terminais e serviços da Verifone, empresa que lidera em Portugal. Acredita que ela muda o paradigma do sector destaca tanto os serviços de aluguer como os dispositivos de pagamentos móveis.

Além de ambicionar atingir uma presença sólida em Angola e Moçambique, revela, em entrevista, a intenção de promover o desenvolvimento de soluções de valor acrescentado nesses mercados.

CW ‒ Que objectivos de negócio tem a empresa no próximo ano? Que balanço faz do ano de 2013?

João Girardi ‒  O objectivo da VeriFone Portugal é conseguir crescer em quota de mercado durante 2014 no mercado português, assim como lançar novos produtos e soluções de valor acrescentado, destinados a novos segmentos de mercado, como é o caso de soluções de M-POS (Mobile Point Of Sale). O balanço do ano que vai agora finalizar é positivo.

Embora a VeriFone  tenha apenas seis meses de vida em Portugal conseguimos fechar o ano  com resultados muito positivos e entramos em novos clientes, que tradicionalmente compravam equipamentos à concorrência.

CW ‒ Que prioridades tem a vossa estratégia? Com quem parceiros pretendem colocá-la em prática?

JG ‒ A nossa estratégia assenta em quatro pilares prioritários:

‒ melhorar a  prestação e qualidade de serviço;
‒ reforçar o posicionamento no sector da banca, retalho e self service;
‒ introdução de novos serviços e soluções de valor acrescentado;
‒ reforçar a presença nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP).

Hoje a VeriFone conta com uma variedade de parceiros locais (em Portugal e África) e internacionais que complementam a nossa oferta de soluções e serviços junto dos diversos segmentos de mercado.

CW ‒ Que ambições querem desenvolver em África através da operação portuguesa?

JG ‒ Ambicionamos ter 40 a 50% de quota de mercado de pagamentos de Angola e Moçambique nos próximos três anos através de parceiros locais. Queremos proceder ao lançamento de novos produtos, aumentando assim o portfólio da VeriFone nestes países.

Estamos na fase de lançamento de novos produtos e certificações. Apostaremos na qualidade de serviços, sempre através dos nossos parceiros, e na melhoria da manutenção de terminais junto dos comerciantes, o que se vai traduzir num factor diferenciador nestes mercados.

Também deverão ser desenvolvidas soluções de valor acrescentado para os terminais (soluções de fidelização, pagamento de serviços, entre outras). Os nossos parceiros têm uma forte presença nestes mercados, especialmente junto da banca.

Torna-se, por isso, evidente a necessidade de trabalharmos muito mais de perto e em sintonia estratégica com os nossos parceiros em Angola e Moçambique. Só assim conseguiremos acelerar a conquista de mercado  que ainda é predominantemente da concorrência.

CW ‒ Como pretendem diferenciar a vossa oferta?

JG ‒ Os novos produtos e novas soluções da Verifone para banca, para retalho e para nichos de mercados (M-POS), vêm mudar o paradigma do modelo de negócio tradicional. Em primeiro lugar somos os únicos em Portugal a apresentar um modelo de renting, ou seja, os clientes podem adquirir os nossos equipamentos, ou simplesmente alugá-los por um determinado período de tempo.

Por outro lado, temos também soluções de MPOS que estamos a desenvolver em Espanha, Suécia e UK, que vêm substituir o terminal tradicional por um novo modelo associado habitualmente a um smartphone ou tablet. Em Portugal, pretendemos começar a implantar estes terminais no mercado português no segundo semestre de 2014.

Com os MPOS deixamos de ter terminais físicos, os comuns TPA’s. Com os MPOS (pequeno dispositivo que encaixa no smartphone ou tablet  e que contém todo o software necessário para proceder ao pagamento), podemos efectuar o pagamento da nossa compra em qualquer lugar que a venda seja efectuada.

Assim, uma vez que o mercado dos smartphones está a crescer, todas as pessoas têm a possibilidade de ter um meio de pagamento sempre à mão, sem estarem condicionadas a um terminal fisico. Quantas vezes já não fomos a um médico que só aceitava pagamento com dinheiro, uma vez que não tinha TPA? O MPOS é ideal para o mercado que não quer usar esse tipo de terminais (médicos, advogados, profissionais liberais) por terem comissões mais elevadas.

A aceitação do mercado nacional dependerá da divulgação que os próprios bancos/estabelecimentos efectuarem a estes terminais. Ou seja, se os bancos, estabelecimentos ou comerciantes confiarem nestes novos meios de pagamento, o consumidor também vai confiar.

O mesmo acontece com o pagamento através de contactless: se nao houver publicidade as pessoas não confiam e não utilizam.




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