Tendências de TI para 2014

Do que se vai falar na área da tecnologia este ano, segundo Jay Kidd, CTO e vice-presidente sénior da NetApp.

Clouds híbridas no topo da visão dominante do negócio empresarial de TI: A reticência em mudar as TI para a cloud será ultrapassada à medida que as organizações forem reconhecendo que os modelos de cloud híbrida são necessárias para suportar o seu portefólio de aplicações.

Os CIOs dividirão o seu portefólio de aplicações entre as que controlam na totalidade (em clouds privadas), as que controlam parcialmente (em clouds públicas empresariais), cargas de trabalho transitórias (clouds públicas em hiperescala) e as que funcionam em regime de SaaS.

As TI funcionarão como corretoras em vários modelos de cloud diferentes. Este facto mostrará a necessidade de mover dados de aplicações entre clouds de forma fácil, e de fornecer capacidades de serviço de armazenamento consistentes em vários modelos de Cloud.

Começam os “Hunger Games” para todas as startups de Flash: o Mercado de Flash observará um grande crescimento, a par do aumento do número de empresas dedicadas ao armazenamento de dados, que validará esta tendência tecnológica.

A batalha entre as empresas mais “mainstream” será ganha pelas que melhor permitirem aos seus clientes a instalação dos níveis de performance, segurança e escalabilidade indicados para as suas necessidades e cargas de trabalho específicas. O crescimento em mercados internacionais será liderado por “players” que consigam produzir e dar suporte técnico aos seus produtos de forma global.

Se trabalha em TI, é um Service Provider: à medida que os CIOs passam a gerir um portefólio de serviços de cloud, olharão para o seu próprio departamento de TI como mais uma opção de serviço.

Todas as TI de uma empresa serão consideradas “cloud privada”, e as expectativas de reacção, competitividade dos custos e acordos ao nível dos serviços serão comparadas às dos fornecedores de cloud externos.

Realidade vs “hype” torna-se mais claro no Software Defined Storage: à medida que a visão de Software Defined Data Center ganha mais simpatizantes, o caminho para a evolução dos componentes de uma infra-estrutura do género torna-se mais claro.

O controlo do Policy-Based Software sobre os componentes de infra-estruturas mais tradicionais começa a enraizar-se. Versões virtuais de componentes de infra-estruturas – controladores de rede e de armazenamento – tornam-se mais comuns.

Os componentes virtuais mais valiosos serão aqueles que se integram de forma simples em redes e sistemas de armazenamento pré-existentes, e que possam oferecer funcionalidades e serviços simples, e a par dos fornecidos pelos controladores físicos mais tradicionais.

Máquinas de armazenamento virtual permitem mobilidade dos dados e agilidade das aplicações: precisamente na altura em que as máquinas virtuais permitiram o movimento de aplicações em funcionamento entre servidores físicos, as máquinas de armazenamento virtuais libertarão dados específicos de armazenamento físicos. Estes contentores lógicos de volumes de dados simplificam a migração de cargas de trabalho entre clusters de armazenamento e permitem clusters de armazenamento de alta disponibilidade em áreas metropolitanas.

A era do OpenStack: o OpenStack continuará em voga em 2014, tornando-se a alternativa “mais aberta” aos produtos comerciais para orquestração de centros de dados.

À medida que as distribuições de OpenStack se fazem mais ao nível de produto e menos ao nível de projecto, mais empresas e Service Providers adoptá-las-ão. O OpenStack será, muito provavelmente, a tecnologia de open source mais bem sucedida desde o aparecimento do Linux.

Questões sobre a propriedade dos dados terão impacto nas cloud públicas e privadas: a generalização da adopção de soluções de cloud computing e armazenamento desafia as fronteiras geopolíticas tradicionais. Esta questão gera preocupação da parte das grandes empresas em vários países, nomeadamente no que diz respeito às leis de propriedade a que os seus dados estão sujeitos.

As organizações procurarão por soluções de cloud híbrida, que lhes permitem manter o domínio de propriedade sobre os seus dados tirando, simultaneamente, partido da economia permitida pelas soluções de cloud computing.

Começa a adopção de 40Gb nos centros de dados: a próxima evolução da Ethernet, 40Gb, permite a sua adopção generalizada a todos os níveis do centro de dados. Larguras de banda mais elevadas permitem que conjuntos maiores de dados se movam de forma rápida e fácil, o que, por sua vez, permitirá o crescimento dos dados.

Big Data evolui da análise dos dados para a procura de novos dados para recolha: à medida que as empresas retiram valor dos dados já existentes, recolherão dados adicionais para aprofundar os seus conhecimentos. Os novos dispositivos recolherão mais informações acerca do comportamento do consumidor, processos industriais e fenómenos naturais. Estas fontes de dados serão utilizadas de forma a incrementar o conhecimento, e darão lugar ao crescimento de novas aplicações de análise.

Clustered Storage, infra-estruturas convergentes, Object Storage e bases de dados “in memory” integradas continuam em voga em 2014: várias tendências tecnológicas que marcaram o ano de 2013 continuarão a crescer em 2014.

A adopção do Clustered Storage aumentará, e as infra-estruturas convergentes tornar-se-ão as arquitecturas mais interessantes ao nível do centro de dados.

O Object Storage crescerá em adopção à medida que as aplicações que monetizam as suas vastas capacidades de objectos de dados ganham força. Também as bases de dados “in memory”, impelidas pela popularidade do SAP Hana, continuam em voga em 2014.


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