Novo material pode levar a uma “super-electrónica”

O 3DTDS é parecido com o grafeno, sendo magneto-resistente, mas tem características tridimensionais e oferece taxas de transferência de electrões muito mais elevadas. A sua utilização deverá resultar em discos mais compactos.

Uma equipa internacional de investigadores descobriu um material com uma estrutura electrónica semelhante ao grafeno, mas capaz de existir em três dimensões. Isso poderá levar à produção de transístores mais rápidos e a mais discos rígidos mais compactos, com maior capacidade.

O “Three-Dimensional Topological Dirac Semi-metal” (3DTDS)  é uma forma do composto químico bismutato de sódio. O grupo de investigadores que o descobriu foi liderado por cientistas da Universidade de Oxford, da Diamond Light Source, do Rutherford Appleton Laboratory, da Universidade de Stanford e da Advanced Light Source, do Berkeley Lab.

E diz que o material poderia ser usado para fazer discos rígidos com maior a densidade, mais rápidos e capazes de usar menos energia: por exemplo, será possível colocar dez terabytes de informação, no mesmo volume necessário hoje para um terabyte de dados. O grafeno é bidimensional, sendo produzido em folhas planas cerca de um milhão de vezes mais fina do que uma folha de papel.

Há muito que cientistas procuravam um correspondente natural, com três dimensões, desse material. O estudo agora publicado na revista Science, confirma a existência do material com outras propriedades do grafeno, sobre a qual vários investigadores teorizaram.

E ao contrário do grafeno, o 3DTDS permite que os electrões sejam agrupados e fluam em todas as direcções. Mais importante ainda, os electrões na superfície do material dá-lhe uma propriedade que é a magneto-resistência. Isso permite que os dados sejam armazenados por inversão da polaridade de um bit, de positivo para negativo e vice-versa.




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