Cinco inovações para os próximos cinco anos

“IBM Next 5 in 5” apresenta uma lista de inovações que podem mudar a forma como as pessoas trabalham, vivem e interagem nos próximos cinco anos.

Uma sala de aulas que aprende com os alunos, as compras nas lojas tradicionais a superarem as online, o uso pelos médicos do ADN para melhorar a saúde, um guardião digital ou como a cidade vai ajudar a viver melhor são as cinco principais tendências que a IBM antecipa irão ter um forte impacto nas nossas vidas. Nem todos concordam, no entanto.

A sérieIBM 5 in 5”, diz a empresa em comunicado, “baseia-se em tendências sociais e de mercado, bem como nas tecnologias emergentes dos laboratórios de I&D da IBM” e “explora a visão de que todos os sistemas irão aprender”, numa nova era de computação cognitiva, em que “os computadores, máquinas e outros dispositivos irão aprender, raciocinar e interagir com os seres humanos de uma forma mais natural e personalizada”.

“Temos mais conhecimento hoje do que qualquer outra geração teve no passado”, nota Ricardo Martinho, director da divisão de software da IBM Portugal. “E, ainda assim, debatemo-nos diariamente com grandes e complexos volumes de dados, que parecem não trazer qualquer sentido nem oferecer o conhecimento de que necessitamos para tomar decisões rápidas e eficazes”.

Segundo a empresa, são estas as cinco tendências:
1. A sala de aula irá aprender com os alunos
Nos próximos cinco anos, teremos um ensino personalizado, em que as necessidades de cada um serão endereçadas com sucesso. Através de tecnologias em desenvolvimento, sobretudo na área do cloud computing e do Big Data, a sala de aula do futuro vai fornecer aos professores e educadores todas as ferramentas para que possam conhecer de perto os alunos, tendo por base um sistema de análise sofisticado e personalizado (utilizando dados como resultados dos testes, assiduidade e comportamento do aluno, inseridos em plataformas de e-learning).

A partir daqui será possível, a partir da cloud, criar um modelo de ensino em que cada aluno terá o seu próprio guia de aprendizagem, capacitando-o com as valências de que precisa para atingir os seus objetivos pessoais e profissionais. Estas sofisticadas análises ajudarão a prever que estudantes estão em maior risco, os seus obstáculos e, deste modo, sugerir medidas eficazes para melhorar o aproveitamento escolar.

2. As compras nas lojas tradicionais vão superar as compras online
No ano passado, as vendas online no mundo inteiro ultrapassaram mil milhões de dólares e estão a crescer a um ritmo mais acelerado do que as vendas em loja. A verdade é que o canal online apresenta atualmente uma grande vantagem na capacidade de aprender com as nossas escolhas na Web. Mas, em cinco anos, as lojas físicas vão conseguir melhorar e ampliar a experiência do consumidor a um nível que o online nunca conseguirá alcançar.

Parece uma regressão no tempo, mas não é. Na verdade, os retalhistas conseguirão dentro em breve tirar partido do imediatismo da loja física, criando experiências que não poderão ser replicadas no online. As tecnologias de realidade aumentada, por exemplo, permitirão trazer para a loja a experiência e as vantagens do digital mas beneficiando da possibilidade de tocar nos objetos.

Por outro lado, a partir de dispositivos móveis e de tecnologias cloud, os lojistas vão ser capazes de antecipar com incrível precisão os produtos que um cliente mais quer e precisa. E dada a sua proximidade, as lojas tradicionais serão capazes de oferecer aos clientes uma variedade de opções, desde o “pick-up” à entrega rápida, onde quer que o cliente esteja. As entregas em 48 horas vão ficar ultrapassadas.

3. Médicos vão usar o nosso ADN para promover a saúde de cada um de nós
Nos próximos cinco anos, os médicos terão a capacidade de chegar ao diagnóstico rápido e preciso de doenças como o cancro, criando planos de tratamento individualizados para milhões de pacientes em todo o mundo. Com os recentes avanços nas soluções de analítica de Big Data e com o aparecimento de sistemas cognitivos baseados na cloud, dentro em breve isso será possível. Computadores inteligentes conseguirão então gerar o sequenciamento completo do genoma de qualquer pessoa e, a partir de grandes repositórios de dados e publicações médicas, indicar rapidamente que tratamentos específicos podem ser aplicados.

4. Todos teremos um guardião digital
Hoje temos múltiplos dispositivos e identidades, o que nos deixa muito vulneráveis. Em 2012, mais de 12 milhões de pessoas foram vítimas de roubo de identidade só nos Estados Unidos. As abordagens tradicionais de segurança – passwords, antivírus e firewalls – já não parecem ser suficientes. Em cinco anos, a segurança sobre os nossos dados pessoais pode surgir na forma de um guardião digital, treinado para conhecer os nossos hábitos e movimentos (a partir de dados contextuais, situacionais e históricos), oferecendo um novo nível de proteção contra o roubo de identidade nos diferentes dispositivos (computador, tablet, smartphone). No entanto, será um guardião não-intrusivo, uma vez que apenas actuará (bloqueará páginas, por exemplo) com a permissão do utilizador.

Cada utilizador online poderá controlar o que este guarda-costas pode e não pode visualizar e monitorizar. Ele tornar-se-à numa ferramenta fundamental  para sinalizar proativamente o uso fraudulento dos nossos dados, mantendo a privacidade sobre as informações pessoais e confidenciais. Ao monitorizar os movimentos online, a partir de tecnologias de analítica de Big Data, o guarda-costas digital irá alertar sobre possíveis intrusões e proteger-nos.

5. A cidade vai ajudar-nos a viver melhor
Em 2050, sete em cada dez pessoas viverão em metrópoles. Mas, em cinco anos, a cidade onde vivemos vai ajudar-nos, através de inteligentes sistemas de aprendizagem e dispositivos/plataformas móveis, a obter informações sobre como evitar as vias mais congestionadas; vai alertar-nos sobre actividades de que gostamos e nas quais queremos participar; e vai ainda pedir o nosso feedback sobre questões importantes e de interesse, como por exemplo quais as vias que precisam urgentemente de intervenção. Ou seja, em breve, as cidades vão ter a capacidade de nos ouvir e de falar connosco em tempo real.


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