A instituição financeira vai apoiar o arranque da start-up Eco Financial Technology, a qual vai gerir uma plataforma de venda de software. A ideia do projecto é proporcionar uma forma de os bancos venderem código fonte.
O banco Credit Suisse vai financiar um novo mercado online de software para instituições financeiras, através do apoio à start-up Eco Financial Technology. Um dos objectivos do projecto é proporcionar uma forma de entidades bancárias venderem (e compararem) código fonte que produziram.
Uma das vantagens será a redução de custos no desenvolvimento de software. O banco de investimento irá fornecer o financiamento inicial para o arranque da referida empresa, a ser lançada durante Janeiro pelo director de operações de e-commerce, Ian Green.
O serviço online vai colocar em contacto empresas interessadas em trocar código-fonte desenvolvido internamente e passível de ser re-utilizado por outras instituições financeiras. Muitas organizações bancárias gastam grandes quantias de dinheiro, criando a funcionalidades de software presentes em outras plataformas já desenvolvidas.
O mercado abre a possibilidade de as entidades transmitirem de código fonte, economizando tempo e dinheiro. O interesse no desenvolvimento de sistemas também acelerou face à onda de novos regulamentos que afectam o sector financeiro, como DMIF II e Basileia III.
O mercado da Eco irá oferecer a uma série de empresas financeiras a oportunidade de negociarem código de software, classificando-os segundo um grau de aplicabilidade a determinadas tarefas. Deverá proporcionar também uma análise independente sobre a “qualidade e interoperacionalidade” do software para ajudar a suportar uma implantação bem-sucedida.
Em troca, a Eco vai ganhar uma percentagem sobre uma taxa de transacção paga entre comprador e vendedor. As empresas de software e de serviços também serão convidadas para fornecer contratos de suporte à implementação ou de potencial desenvolvimento do código.
A Eco vai funcionar de forma independente face ao Credit Suisse e afirma ter já uma série de interessados no serviço antes do lançamento, tanto instituições financeiras como prestadores de serviços. De acordo com o analista da Ovum, para tecnologia de serviços financeiros, Rik Turner, a criação de um mercado para vender códigos reutilizáveis poderia ganhar o interesse dos bancos, sob pressão para reduzirem gastos com TI.
“Se houver alguma funcionalidade que se realmente deseja manter, mas não se quer iniciar um projecto interno de desenvolvimento, por que não recorrer ao Eco para obter as partes menos sensíveis comercialmente, e mais repetitivas do processo? “, questiona o analista.