Pode uma equipa de celebridades reavivar o Yahoo?

Empresa contratou vários jornalistas conhecidos para aumentar a sua credibilidade nas notícias.

O Yahoo contratou vários jornalistas para aumentar a sua credibilidade nas notícias. A empresa confirmou esta semana que contratou a apresentadora de TV Katie Couric para liderar a sua crescente operação noticiosa. Couric é a última após outros grandes nomes dos media norte-americanos, como o colunista de tecnologia do The New York Times, David Pogue, ou a editora do mesmo jornal, Megan Liberman.

A decisão pode dar aos utilizadores mais razões para visitar o site e ajudar o Yahoo a vender mais anúncios nas suas reportagens em vídeo. Mas, para que isso aconteça, os críticos consideram que o conteúdo original de notícias do Yahoo precisa de ser exactamente isso: original.

Para ser bem sucedido online, é preciso fornecer conteúdo que os outros não têm, disse Al Tompkins, do Poynter Institute, organização sem fins lucrativos de formação em jornalismo. “O Yahoo precisa de se concentrar mais em ideias, em vez de personalidades”, disse.

No blogue da empresa, a CEO Marissa Mayer disse que Couric irá liderar uma equipa de correspondentes para “cobrir as histórias mais interessantes do mundo”. Mas o nome Katie Couric não é sinónimo de jornalismo de investigação, de acordo com Tompkins.

“Eu não sei o que ela terá que o Yahoo não podia conseguir noutro lugar”, disse.

Pogue, por outro lado, leva o seu próprio estilo lunático de análises de produtos e de tecnologia. Ele fornecerá ao Yahoo uma voz única que poderá ser popular entre os utilizadores.

A carreira de Couric inclui uma experiência de 15 anos à frente do The Today Show, da NBC, mas a sua capacidade de atrair novos utilizadores para o Yahoo, especialmente o cobiçado público jovem, é uma grande questão.

Um utilizador do Twitter resumiu o que outros podem estar a sentir sobre a parceria Yahoo-Couric: “não tenho muita certeza. Parece que ambos chegaram ao auge nos anos 90”, escreveu.

Mas se Couric está a ficar enferrujada, “talvez seja porque a televisão se está a ir abaixo, não porque ela perdeu a sua costela jornalística”, disse Karsten Weide, analista da IDC.

Mesmo que a televisão não esteja morta, a Internet está a tornar-se uma parte maior do cenário. A Nielsen, empresa de medição de audiências, inclui agora os tuítes na sua análise de programas.

E o Twitter está a tentar posicionar-se como um “segundo ecrã” para a televisão, incentivando os seus utilizadores a tuitar sobre programas televisivos, exibindo anúncios dircecionados em resposta.

Com Couric ao comando, a operação de expansão do jornalismo do Yahoo acrescenta uma outra fonte de conteúdo para a empresa já diversificada – que inclui pesquisas, publicidade, email, armazenamento de fotos com o Flickr e redes sociais com o Tumblr.


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