Antigo sistema obrigava gestores a darem uma fraca classificação a uma quota definida de funcionários, independentemente das suas qualidades.
A Microsoft abandonou um sistema de classificação que foi acusado de dificultar a inovação e colocava funcionários uns contra os outros.
Os empregados da Microsoft souberam da decisão por um email de Lisa Brummel, vice-presidente executiva de recursos humanos da empresa, na terça-feira.
O sistema, conhecido como “stack ranking” (algo como “classificação por grupos”), tornou-se emblemático do muito que estava errado com a cultura corporativa da Microsoft.
Os funcionários consideraram o processo o mais destrutivo dentro da empresa, culpando-o pela incapacidade da Microsoft em inovar, de acordo com um artigo da revista Vanity Fair, “Microsoft’s Downfall: Inside the Executive E-mails and Cannibalistic Culture That Felled a Tech Giant“, publicado em Julho do ano passado .
O “stack ranking” forçava os gestores a darem a uma pré-determinada proporção de funcionários numa equipa uma classificação anual de topo, regular ou má, mesmo quando todos os membros da equipa tinham feito um excelente trabalho.
Isso levou os empregados a competirem entre si, em vez de competirem com outras empresas, de acordo com um prograamdor citado pela Vanity Fair.
Agora, a Microsoft decidiu parar com esse sistema, disse Brummel aos funcionários.
“Tenho o prazer de anunciar que estamos a mudar o nosso programa de avaliação de desempenho para melhor o alinhar com os objectivos da nossa estratégia One Microsoft. As mudanças que estamos a fazer são importantes e necessárias, pois trabalhamos para oferecer inovação e valor aos clientes através do envolvimento mais interligado na empresa”, escreveu.
Parar o sistema de ranking foi uma das mudanças feitas: “não há mais classificações. Isso permitirá focar-nos no que importa – ter uma compreensão mais profunda do impacto que fizemos e das nossas oportunidades para crescer e melhorar”, disse ainda Brummel.