A partir de um estudo, a Hays diz que as causas do actual desemprego vão muito além das condicionantes económicas. É grande o desajuste português entre a oferta e procura de competências no mercado de trabalho.
O perfil do mercado laboral português quantoa competências, traçado e classificado com nota 6 num estudo mundial da Hays, confirma as dificuldades das empresas em reter colaboradores. Uma das principais conclusões do trabalho é que, particularmente nos segmentos das competências de alto nível, há uma pressão para os salários aumentarem, durante 2013.
Assim os empregadores estão a pagar um preço cada vez mais elevado para atrair colaboradores. A esta situação junta-se as dificuldades inerentes a uma economia fraca e disponibilidade financeira reduzida.
Mas ao mesmo tempo o desemprego continua a ser preocupante, apesar do elevado número de vagas por preencher, diz a Hays. As causas “vão muito além das condicionantes económicas” diz um comunicado da Hays.
Com grau de incidência máxima (10),Portugal está entre os quatro países com pior classificação no desajuste português entre a oferta e procura de competências no mercado de trabalho.
Simultaneamente, país tem de lidar com a emigração de colaboradores, o que não ajuda no ajuste, e coloca pressão nos sálarios. “O desequilíbrio entre a oferta e procura de competências é um dos maiores problemas do mercado de trabalho português, e continua a piorar à medida que milhares de jovens qualificados abandonam o país”, afirma Paula Baptista, directora-geral da Hays em Portugal. “É fundamental criar políticas para atrair e reter estes profissionais. E é necessária uma melhor comunicação entre as instituições de ensino e o mercado de trabalho, para corrigir esta escassez de competências”, reforça.