Última empresa japonesa a desenvolver processadores gostaria de o continuar a fazer.
Batalhar num mercado de servidores Unix de 9 mil milhões de dólares em declínio aparentemente permanente não é para os tímidos. Conceber um microprocessador competitivo é muito caro, pelo que o caminho mais fácil para os fabricantes mais pequenos é simplesmente desistir.
No entanto, um desses fabricantes, a Fujitsu, diz que está no mercado do Unix a longo prazo. A empresa está empenhada em desenvolver o seu chip Sparc64 para servidores Unix num esforço para, entre outras coisas, afastar a IBM de monopolizar o negócio, diz Noriyuki Toyoki, vice-presidente sénior e responsável da divisão de servidores da Fujitsu .
A IBM já tem uma posição dominante no mercado dos mainframe, e se passasse a dominar o Unix da mesma forma – e já tem mais de metade do mercado, de acordo com a IDC – a indústria e os utilizadores corporativos iriam perder, de acordo com Toyoki . “Os clientes precisam de alternativas para obter o melhor valor “, disse, em entrevista.
A Fujitsu e a parceira Oracle desenvolvem cada uma versão do chip Sparc. Conjuntamente, concebem sistemas Sparc e revendem os produtos uma da outra.
Embora a Oracle tenha vindo a expandir o âmbito dos seus próprios projectos Sparc, Toyoki disse que o futuro do próprio chip Sparc64 da Fujitsu está seguro. O mercado de Unix pode estar a encolher, disse, mas ainda é grande o suficiente para suportar múltiplas arquitecturas RISC.
“Francamente, nós não usamos chips Sparc da Oracle nos nossos servidores”, disse Toyoki . Ele reconheceu que os chips da Oracle “são muito eficientes”, mas acrescentou que os clientes da Fujitsu precisam do que chamou de RAS (de “reliability, availability and serviceability”, em inglês), que existem nos Sparc64 dos seus sistemas mainframe .
Além disso, disse ele, a Fujitsu é “a última empresa japonesa a desenvolver processadores. Gostaríamos de o continuar a fazer”.
A Fujitsu é normalmente listada como um dos cinco fornecedores de Unix, mas longe da IBM, Oracle ou Hewlett -Packard.
(James Niccolai, Computerworld)