A instituição está a implantar um novo centro de dados, para duplicar capacidade, associado a um conjunto de ferramentas.
O laboratório europeu para investigação em física nuclear, CERN, está a expandir a sua infra-estrutura de TI para acomodar a crescente quantidade de dados produzidos pelo acelerador de partículas Large Hadron Collider (Grande Colisionador de Hadrões ou LHC), em Genebra, na Suíça. A quantidade de dados produzidos pelo acelerador de partículas é quase impossível de medir.
Para se ter uma ideia, as suas câmaras de 100 megapixéis tiram 40 milhões de fotos por segundo sobre colisões de partículas, em quatro detectores do tamanho da Catedral de Notre Dame (em Paris) – estão colocados em vários pontos do túnel circular com 27 quilómetros. Até agora, o acelerador tem vindo a produzir 35 petabytes de dados por ano na sua busca pelo “fugidio” Bosão de Higgs. Mas essa quantidade deverá duplicar quando reiniciar a actividade em 2015, depois de uma pausa temporária para permitir uma actualização.
O aumento da produção de dados forçou o CERN a usar uma capacidade de 3MW no Centro de Investigação para Física de Wigner, em Budapeste, para poder apoiar o seu centro de dados, nos arredores de Genebra. “Isto é necessário para nos permitir expandir e enfrentar o aumento dos dados “, explicou Tim Bell, gestor de infra-estrutura no CERN, num discurso durante o evento Structure:Europe, sobre cloud computing.
O CERN está a usar actualmente cerca de 50 mil núcleos de processamento do centro de dados de Budapeste. Mas pretende usar 300 mil núcleos até 2014. O laboratório também está a reprogramar as ferramentas utilizadas para processar e armazenar os petabytes de informação criados, durante as experiências desenvolvidas.
“As ferramentas programadas há 10 anos não têm capacidade de expandir para o tamanho necessário, está a ficar cada vez mais frágil e requer grande manutenção”, explica Bell. Os novos conjuntos de ferramentas estão a ser codificadas em Puppet para a orquestração de recursos e em OpenStack para as necessidades de virtualização.
(Sam Shead, Techworld.com)