Subida nas audiências não foi atribuída a nenhuma razão em particular quando muitos sites do Yahoo viram o seu tráfego aumentar. Mas algumas coisas podem ter influenciado, explica Caitlin McGarry, editora da TechHive.
Quando a comScore divulgou na passada quinta-feira que o Yahoo era o site número um dos mais visitados nos Estados Unidos – ultrapassando o Google pela primeira vez em dois anos – admito que fiquei surpreendida.
Não foi o efeito Tumblr. A comScore contou o tráfego da rede social separadamente – o site ficou em 28ª posição em Julho. Então, se nenhum dos seus amigos usa o Yahoo, quem usa?
Um porta-voz da empresa de análises disse ao TechHive que o salto não foi atribuído a nenhuma razão em particular – ao contrário, muitos dos sites do Yahoo, ou canais, viram o seu tráfego aumentar.
Poderosos truques publicitários
Estou disposta a apostar que o Yahoo! Mail experimentou um salto significativo em Julho e foi aí que a empresa anunciou os seus planos para reciclar as contas de e-mail inactivas. Os utilizadores que provavelmente não visitavam o Yahoo há meses, ou até anos, foram estimulados a renovar as suas contas ou a reservar novos nomes de utilizador.
Não há dados disponíveis após isso ter acontecido, mas é uma aposta segura de que os utilizadores foram ao Yahoo para reservar nomes que tinham que soar melhor do que as palavras aleatórias combinadas com uma série de números que caracterizou muitas contas do Yahoo (“softballchick345678”?!?!).
Mas, tirando os utilizadores de e-mail, quem são todos esses internautas que visitam o Yahoo nos seus desktops? As pessoas, obviamente, não estão a usar o site como o seu mecanismo de busca principal, que é como o Google ganha grande parte do seu tráfego.
Por exemplo, as pesquisas digitadas na barra de navegação do Chrome retornam em resultados do Google e contam pontos para a gigante, disse o representante da comScore. O Yahoo não tem esse privilégio. Em Julho, o site ficou em terceiro lugar, atrás da Google e da Microsoft, com 11% do tráfego de buscas.
A CEO da Yahoo, Marissa Mayer, coordenou uma campanha gigante de relações públicas para a empresa, que passou de um reles motor de busca a próspera marca de media num ano.
Acabou com a política de teletrabalho e comprou a empresa de um jovem de 17 anos por 30 milhões de sólares – Marissa sabe bem como fazer manchetes. Mas não é isso que está a dirigir o tráfego para o Yahoo, ou pode?
A prova está no smartphone
Tudo isto deixa-nos com os utilizadores mais antigos da Internet, muitos dos quais definiram o Yahoo como a sua página inicial antes da Google chamar a atenção de Larry Page e Sergey Brin.
É interessante notar que a comScore não incluiu o tráfego móvel nos seus números. Um site pode realmente ganhar na Internet sem o tráfego móvel a apoiá-la? Provavelmente não.
Até o Yahoo poder sustentar o seu domínio da Internet, vamos chamar os números de Julho de “sorte”. Mas fique atento, Google. O Yahoo está claramente à espera de um momento oportuno. Os lucros do segundo trimestre da empresa subiram 46% e o Yahoo lançou quase uma dezena de novos produtos desde que Marissa Mayer assumiu o comando.
Um redesign na página inicial, o relançamento do Flickr, novas aplicações móveis, e outras iniciativas lideradas pela CEO provam que o Yahoo está na batalha para ganhar. O próximo projecto da empresa: um novo logótipo para reflectir o novo Yahoo.
(TechHive/IDG Now!)