A empresa tem a oportunidade de levar o conceito para a esfera da arquitectura das redes, segundo o seu presidente John Chambers.
A Cisco podia ter evitado que a sua proposta One para redes programáveis parecesse uma resposta às iniciativas de concorrentes, de acordo com o seu presidente John Chambers. Na sua opinião, a empresa esperou demasiado tempo para abordar o tema das SDN.
Há um ano que o fabricante lançou a sua oferta One e devia tê-lo feito mais cedo, segundo o responsável. Os concorrentes da Cisco afirmam que o conceito SDN ameaça o domínio da Cisco sobre o mercado de redes, ao separar os seus elementos, do controlo da mesma. Segundo os mesmos, o conceito abre as redes à utilização de switches comoditizados, geridos por uma camada de controlo baseada em normas e protocolos abertos, como o OpenFlow e as API extensíveis.
Durante uma conferência da Cisco, Chambers disse aos jornalistas que o fabricante tem a oportunidade de levar o conceito de SDN para a esfera da arquitectura e oferecer interacções entre switches e controladores à velocidade da rede. A Cisco também vê uma oportunidade para “abrir a SDN)até a rede”, o inverso do que os outros fabricantes propõem: a abertura da rede ao controlo numa lógica SDN.
Chambers foi peremptório ao negar que a SDN ameaça o negócio da Cisco no switches e routers, o qual representa uma base instalada no valor de 180 mil milhões de dólares. “Hoje já montamos a nossa abordagem para SDN, com a nossa capacidade de proteger os investimentos. Agora estamos focados em modelos de utilização, como IaaS. Seremos mais rápidos sobre as oportunidades e desafios”.
(Jim Duffy, Network World)