Especialmente no sector financeiro, a unificação de projectos para responder a exigências de regulação pode reduzir os custos dessas iniciativas, diz a Ovum.
Dar aos departamentos de TI um maior papel maior no planeamento de estratégias de conformidade pode reduzir custos e fazer crescer o negócio de acordo com analistas da Ovum. A medida elimina silos na recolha e monitorização de dados.
Os bancos precisam de despender quantidades crescentes de dinheiro, para responder à crescente regulação, imposta para dar criar estabilidade ao sector após a crise financeira de 2008. Uma vasta série de novos regulamentos, englobando a Basiléia III e MiFID II, foram introduzidos. E exigem um investimento contínuo por parte dos bancos na sua implantação ao longo dos próximos três a quatro anos.
Há claras desvantagens no incumprimento de normas: o HSBC teve de pagar uma multa de 1,9 mil milhões de dólares por falta de monitorização de operações, susceptíveis de serem para lavagem de dinheiro.
Mas os custos de implantação estão em muitos casos a erodir o crescimento da receita entre os bancos, os quais já estão a registar quebras nesse indicador e a reduzir custos em toda a empresa. De acordo com Daniel Mayo, o analista-chefe da Ovum para a tecnologias de serviços financeiros, os departamentos de TI podem ajudar reduzindo a possibilidade de duplicação de dados em toda a organização.
Actualmente, muitas vezes cada projecto de conformidade é coordenado por um departamento separado, seja para lidar com o Basileia III ou outros regulamentos. E geralmente não há comunicação suficiente entre cada área de negócio, explica Mayo.
“O que acontece habitualmente é os bancos investirem no combate à lavagem de dinheiro, por exemplo, e depois terem um investimento separado na fraude. Contudo 70 a 80% do que fazem é a mesma coisa [em grupos separados]”, considerou Mayo no Ovum Financial Services Technology Forum 2013. “Precisam de juntar esses projectos e de ter a mesma plataforma capaz de desenvolver as duas iniciativas”
O departamento de TI está bem posicionada para criar uma abordagem mais coordenada sobre os projectos, reforça.
(Matthew Finnegan, Computerworld)