A previsão é da HP, cujos funcionários mostraram esta semana um slide que dizia simplesmente: “adeus XP, olá HP”.
Os executivos da Hewlett-Packard dizem que a próxima morte do Windows XP poderá fazer o que o Windows 8 não conseguiu: aumentar significativamente as vendas de PCs.
Alguns analistas têm culpado o Windows 8 por prejudicar as vendas de PCs, uma vez que os utilizadores não conseguiram adoptar o seu novo interface. A IDC, no seu relatório trimestral mais recente, disse que as vendas de PCs caíram 14% em termos anuais. A mudança para dispositivos móveis e o aumento dos tablets desempenhou um papel, mas também se culpou o Windows 8 pelo declínio histórico.
Na conferência de utilizadores da HP, que decorreu esta semana, o Windows 8 foi proeminente. Mas o que parecia deixar os funcionários da HP animados não era a próxima actualização do Windows 8, mas o planeado fim do suporte ao Windows XP em 2014. A HP não foi muito subtil neste aspecto.
Numa conferência de imprensa esta semana, os funcionários da empresa mostraram um slide que dizia simplesmente: “adeus XP, olá HP”. “Achamos que isso trará uma grande oportunidade para a HP”, disse Enrique Lore, vice-presidente sénior e gestor-geral de negócios de PCs da empresa.
Lore, numa entrevista mais tarde, questionado sobre se a procura por sistemas de substituição ao XP pode ajudar nas vendas mais do que o Windows 8, teve uma resposta inequívoca: “sim, muito mais, especialmente no lado comercial”, disse, explicando que 40% a 50% dos utilizadores corporativos permanecem em sistemas XP.
A HP está a preparar-se para a actualização corporativa com novos sistemas, e revelou novos PCs, incluindo PCs “tudo-em-um” que têm um forte foco no design. Lore disse que a empresa quer produzir produtos que não são apenas bons, mas “são giros”.
A empresa, de acordo com a IDC, continua a ser a maior fornecedora de PCs do mundo, com 15,7% do mercado, abaixo dos 23,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Todos os principais fornecedores tiveram quedas neste trimestre, com excepção da Lenovo, que não teve mudanças.
(Patrick Thibodeau, Computerworld/IDG Now!)