Hardware de redes será “commodity” com as SDN

Um investigador recomenda que as empresas não fiquem muito apegadas ao seu hardware de redes, porque este perderá importância.

Conforme as redes se tornam mais abstractas, o hardware usado para executá-los vai ter cada vez menos importante, de acordo com o investigador da Riverbed, Steve Riley, que falava quarta-feira na Interop. Tanto assim, que as organizações não deverão precisar mais do que equipamento baseado em tecnologia x86 normalizada, quando adoptarem edes definidas por software, ou Software Defined Networks.

Riley é um director técnico, na euipa do CTO da empresa, mas também faz parte do Strategic Technology Group na Riverbed.  “Se acho que o hardware desempenhará algum papel [nas Software Defined Networking] Não. … Toda a inteligência será tratada no software, e toda a inteligência é feita em máquinas genéricas – o papel do hardware é mover um datagrama de uma interface para o outra – é isso “, considerou na sua apresentação, durante a Interop.

“O hardware recebe ordens sobre o que fazer com os protocolos que funcionam acima dele”. Esses protocolos, neste caso, são referidos colectivamente como SDN, mas Riley alerta que o termo é muitas vezes mal aplicado.

Embora a ideia básica de se separar o plano de controlo, do plano de encaminhamento em redes é um passo importante, o termo SDN tem recebido muita atenção, sendo muitas vezes – erroneamente, diz Riley – aplicada a qualquer tecnologia capaz de automatizar o aprovisionamento, mesmo funcionando fora da camada de rede. “A virtualização de rede é o tema mais interessante – os SDN é a ferramenta que nos leva lá, mas não é a mesma coisa que a virtualização de servidores”, disse.

A abstracção de hardware programável para infra-estrutura de redes programável é a vantagem essencial da SDN – mas isto requer tanto a capacidade de tomar decisões inteligentes sobre como fazer o encaminhamento de ligações, além da consistência suficiente, transparência suficientes para trabalhar de forma integrada com outras camadas, de acordo com Riley. Tudo isto, aparentemente, vai acontecer agora no software.

O responsável destaca o exemplo dos centros de dados de suporte á plataforma Azure como prova dessa tendência. “O hardware instalado no centro de dados para o Azure é constituído por  caixas brancas, routers estúpidos e switches “, revela. “Não tomam qualquer decisão”.

E onde é que essa tendência deixa a Riverbed, fabricante de equipamentos especializados de gestão de rede e optimização de hardware?  “Nós fazemos duas coisas no sector das redes. Uma é fornecer serviços de servidor de rede e de aplicações que melhoram o desempenho e a disponibilidade, e essas linhas de produtos clássicos da Riverbed … funcionam numa camada acima, onde actuará a tecnologia SDN “, explicou à Network World, numa conversa em separado.

“Independentemente do que uma organização escolher para  fazer a virtualização da sua rede, ainda haverá oportunidades para inserir as tecnologias capazes de melhorar o desempenho e a disponibilidade”, sustenta.

(Jon Gold/Network World)




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