À escala mundial o número de requisições suplantou as 2000, no segundo semestre – um máximo de sempre. Há mais governos a pedirem a eliminação de conteúdos. Mas de 2011 para 2012, o número de pedidos portugueses diminuiu.
Durante 2012, a Google recebeu de Portugal sete pedidos oficiais de remoção de conteúdo das plataformas da empresa. No ano anterior tinha recebido nove. Em contraste, no segundo semestre de 2012 e à escala mundial, o número de requisições atingiu o seu máximo de sempre: 2.285.
No mesmo período, os pedidos portugueses cresceram de dois para cinco, e número de peças de conteúdos abrangidas cresceu de quatro para nove. Mas no final do ano este indicador, com 13 peças, também ficou aquém do registo de 2011: 18.
Para o período entre Julho e Dezembro de 2012, a empresa recebeu requisições relativas a 24 179 peças de conteúdo. Um aumento de 26% face aos 1811 pedidos para remover 18 070 peças, durante o primeiro semestre de 2012, revelou a empresa no seu mais recente relatório de transparência.
“Tornou-se cada vez mais claro que o alcance das tentativas do governo para censurar conteúdo em serviços da Google cresceu”, diz Susan Infantino, directora jurídica da Google, num blog. “Em mais lugares do que nunca, fomos convidados pelos governos a remover conteúdo político “, acrescentou.
Ainda assim, em cerca de 40%, o conteúdo de difamação relacionada foi responsável pela maioria dos pedidos de remoção de dados desde Julho de 2010. Privacidade e segurança é a razão mais citada, em pouco menos de 20 %. Outros argumentos referem-se a leis eleitorais, críticas ao governo, discursos de ódio e ofensas religiosas.